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Conheça a gigante do petróleo que sofreu ataque na Arábia Saudita

Conheça a gigante do petróleo que sofreu ataque na Arábia Saudita

Em 2018, a estatal saudita Aramco foi a empresa mais lucrativa do mundo, com US$ 224 bilhões. A companhia é a maior do mundo no ramo petrolífero

Publicado em 16 de setembro de 2019 às 19:58

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Aramco é a maior petrolífera do mundo. (Aramco/Divulgação)

Os ataques com drones contra refinarias no sábado (14) voltaram os olhos para a Arábia Saudita, de onde é a Saudi Aramco, companhia petrolífera estatal da região e a maior do ramo do mundo em termos de reservas de óleo cru e de produção. A empresa foi a mais lucrativa do mundo em 2018, com US$ 224 bilhões, quase três vezes maior que o da Apple

O atentado do fim de semana, que teria como autores os rebeldes houthi do Iêmen, provocou a suspensão da metade de sua produção, isto é, 6% do abastecimento mundial, o que faz temer uma perda de confiança dos investidores em um momento em que a maior e mais rentável empresa energética do mundo se prepara para ser negociada na bolsa.

A Aramco está se preparando para lançar ações na bolsa no ano que vem ou em 2021 e os ataques podem dificultar esses planos.

 

HISTÓRIA

A história da gigante do petróleo começa com um acordo de concessão assinado em 1933 pelo governo saudita com a americana Standard Oil Company of California. A prospecção começou em 1935 e três anos depois, o petróleo começou a jorrar. A Aramco produziu uma riqueza colossal para a Arábia Saudita desde a descoberta da primeira jazida no país em 1938, denominada "poço da prosperidade".

Em 1949, a produção de petróleo atingiu o nível recorde de 500 mil barris por dia e seguiu aumentando após a descoberta de outros grandes campos petrolíferos, como Ghawar, o maior do mundo, com reservas comprovadas de 60 bilhões de barris.

Em 1973, em pleno boom dos preços do petróleo, vinculado ao embargo árabe do ouro negro contra os Estados Unidos por seu apoio a Israel, o governo saudita adquiriu 25% da Aramco, com os quais o percentual do estado chega a 60%, tornando-o acionista majoritário.

Em 1980, a empresa foi nacionalizada e oito anos depois, rebatizada de Saudi Arabian Oil Company ou Saudi Aramco. 

EXPANSÃO

Desde os anos 1990, a Aramco investiu centenas de bilhões de dólares em projetos de expansão e sua capacidade de produção atual é de 12 milhões de barris diários.

Hoje, a Aramco possui 260 bilhões de barris de reservas comprovadas de petróleo, tornando a Arábia Saudita o segundo país com as maiores reservas do mundo, atrás da Venezuela A empresa também tem filiais e refinarias em outros países e redes de oleodutos nacionais e internacionais.

Em abril passado, o grupo publicou suas contas pela primeira vez e anunciou um lucro líquido de US$ 111,1 bilhões em 2018, uma cifra 46% superior à do ano anterior, e renda anual de US$ 356 bilhões.

A transparência em suas contas é um pré-requisito para seu lançamento na bolsa, uma etapa considerada a pedra angular de um plano de reformas chamado "Visão 2030", liderado pelo príncipe-herdeiro Mohamed bin Salman para diversificar uma economia muito dependente do petróleo.

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Riad espera obter US$ 10 bilhões nesta operação, com a venda de 5% de seu capital. Sua entrada na bolsa foi atrasada em várias ocasiões, devido a condições pouco favoráveis dos mercados.

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