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Míriam Leitão: 'Na área ambiental, compromisso do governo é com desastre'

Míriam Leitão: "Na área ambiental, compromisso do governo é com desastre"

No Espírito Santo, a jornalista critica postura do presidente e do ministro do Meio Ambiente, fala sobre as reformas do governo e da relação com o Estado

Publicado em 24 de setembro de 2019 às 00:31

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“Na área ambiental o compromisso do governo é com o desastre.” A frase é da jornalista Míriam Leitão, que criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a respeito das políticas ambientais defendidas pela atual gestão. Para ela, retrocessos desse tipo podem custar caro ao país, uma vez que ao ser desmatada, a biodiversidade de uma floresta não se refaz.

A declaração foi dada nesta segunda-feira (23) para A Gazeta. Ela participou do Seminário Equilíbrio Fiscal e Gestão de Resultados, realizado pelo Tribunal de Contas do Estado, em Vitória, assim como o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida. Depois, Míriam conversou a reportagem.

Na entrevista, falou ainda sobre as reformas previdenciária e tributária, defendeu a democracia, citou pontos problemáticos e positivos do governo federal e comemorou a conquista de o Espírito Santo ter pela primeira vez uma mulher negra no comando do Estado. Confira.

Durante a palestra, a senhora falou que o aperfeiçoamento técnico das contas públicas será um aperfeiçoamento da democracia. Considerando que o governo já deu diversas declarações que ferem os preceitos democráticos, acredita que o país possa retroceder na transparência das suas contas públicas?

A gente está numa democracia e aí se tem um governante com pensamento autoritário, você tem todas as outras instituições que vão dizer para ele: ‘não’. E vai ser a imprensa que vai dizer, o Supremo Tribunal Federal que vai interditar uma decisão. Isso já aconteceu, né? Já aconteceu do Supremo falar 'não, isso aqui não pode'. Então, o que está acontecendo é que o país está sendo testado. As instituições estão sendo testadas dado que o governante não tem essa convicção.

Ainda que tenha passado pelo processo democrático, ele já demonstrou que não tem essa convicção, a mesma convicção de outros governantes brasileiros numa democracia. Então, acho que nós temos dentro do ministério da Economia pessoas que são muito competentes e convictas de que eles têm que continuar aumentando a transparência. Um deles estava aqui [em referência ao secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida].

Então, não tenho esse tipo de preocupação porque você tem toda uma quantidade de funcionários públicos que trabalham para aumentar a transparência, a prestação de contas e o acesso usando todas as tecnologias digitais para que mais pessoas possam acompanhar e entender essa confusão que são as contas públicas. É muito difícil entender.

A senhora disse que a nossa democracia está sendo muito testada ultimamente, mas que as instituições brasileiras estão dando, sempre que necessário, as respostas a alguns arroubos autoritários que possam ameaçar com um retrocesso à democracia. A senhora acha que as nossas instituições também são fortes o bastante ou esse tecido democrático pode ser esgarçado e esticado até o ponto em que vai haver uma ruptura?

Acho que a democracia é o mais forte e o mais fraco dos sistemas. Ele é forte porque é de todos. Ele é uma participação coletiva, construção coletiva. Mas é fraco porque tem que conviver com o seu adversário. Porque não pode dizer "você não fale isso", "você está proibido de falar isso", porque ele tem que conviver com o pensamento contrário inclusive ao próprio espírito da democracia. Essa convivência com todos o torna mais vulnerável.

Acho que não tenho uma resposta para você se a gente vai conseguir, mas tudo o que aconteceu até agora fortalece. Por exemplo, o presidente Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente já deram muitas demonstrações e falas e atos mostrando que para eles o meio ambiente e a própria preservação da Amazônia não era importante. Eles falaram isso várias vezes. Deram todo tipo de de declaração, inclusive escatológica e mostraram nenhum conhecimento sobre todo o debate que a sociedade teve sobre a questão ambiental e veio avançando nessa direção. A despeito disso, o governo teve que tomar a decisão de mandar as forças armadas para apagar os incêndios. Ele teve que demonstrar empenho.

O Flávio Bolsonaro era autor de um projeto junto com Márcio Bittar [senador] que propunha o fim da reserva legal. Isso significa assim: aqui na Mata Atlântica, a cada propriedade tem que ter 20% de reserva ambiental, de área preservada. E na Amazônia são 80%. Eu já visitei fazendas na Amazônia que são muito produtivas respeitando a lei completamente. E a proposta do senador era acabar com a reserva legal. Você não ter a necessidade de fazer, significa uma hecatombe. Significa que toda a propriedade privada da Amazônia poderia desmatar completamente 100% da sua área. Ele retirou esse projeto.

Eu fiz até um programa sobre esse projeto. Ele é tão maluco que eu fiz um programa. Eu perguntei: "É um bode na sala? Tá querendo tirar isso para criar uma outra coisa?". Aí o Márcio Bittar disse que não era bode na sala, mas isso foi tirado. O mundo inteiro está pressionando. E aqui dentro o país pressionando. Está tendo que se mover.

Isso é uma prova que a resposta das instituições brasileiras e instituições democráticas já está fazendo com que o próprio presidente e o governo sejam obrigados a recuar?

A recuar em alguns pontos. Acontece que o estrago pode ser grande. Um presidente pode muita coisa. Um ministro pode muita coisa. E na área ambiental o compromisso deles é com o desastre. O projeto é absolutamente desastroso.

Na palestra, a senhora falou que cada governo traz algo positivo e deixa uma marca que ajuda a construir o país. É possível ver alguma coisa positiva neste governo?

É. É possível sim. Não tem governo 100% ruim e não tem governo 100% bom. Se você pensar o acordo entre União Europeia e Mercosul ele foi negociado em vários governos, mas quem termina, quem dá o último passo é o pai. Quem colhe é o dono da colheita. Então, ele conseguiu dar o último passo. A Medida Provisória que ele chama de MP da Liberdade Econômica não é liberdade econômica, eles colocam uns nomes muito grandes para coisas pequenas. Mas reduziu a burocracia e reduzir a burocracia num país tão cheio de impedimentos burocráticos, é bom. Então, quer dizer, na verdade, dentro de alguns ministérios você pode ter avanços. Mas tem áreas demais em retrocesso. É um retrocesso na Educação. É um retrocesso na política externa.

Eu saí do Espírito Santo e fui para Brasília e fui cobrir política externa. Eu cobri um Itamaraty tão melhor do que esse que está aí. E era em pleno governo militar. E eles fizeram uma diplomacia independente,  atualizada, de contato com todo mundo. De solução de controvérsias, de negociar durante três anos porque a Argentina não queria que construísse Itaipu, então eles fizeram uma negociação. E eu acompanhei essa negociação dia a dia. Porque era pra convencer a Argentina de que Brasil e Paraguai não queriam usar Itaipu como arma. Para você ter uma ideia da maluquice que existia, a Argentina achava que o Brasil ia abrir as comportas de Itaipu e ia inundar parte do país. Então, foi uma negociação difícil e que terminou com tudo bem. Agora, é muito retrocesso em muitas áreas em pouco tempo.

Já tinha vista algo parecido? Nessa dimensão?

Não. Nunca tinha visto. O governo Lula cometeu vários erros no começo. Todos os governos cometem erros também. O governo Fernando Henrique Cardoso, por exemplo quando falou que não ia mexer no câmbio e depois mexeu no câmbio, produziu um momento de crise no país e instabilidade no país. O governo Lula quis fazer uma política externa muito partidária, eu também critiquei. Então, não tem um governo perfeito e não tem o que não faça nada. O problema é que o governo Bolsonaro está ameaçando coisas que talvez não consiga refazer.

Porque se você errar muito na política externa, depois, pode corrigir. Pode ter um novo ministro que vá corrigir um acordo, pode renegociar… Se você perde um ano na educação, você perdeu demais. Perdeu aquilo que não podia ter perdido, porque o Brasil está muito atrasado na Educação.

Se você desmatou, queimou, aquela biodiversidade não se refaz. Eu tenho uma pequena fazenda em Minas Gerais onde eu refaço a Mata Atlântica. Eu refaço a Mata Atlântica há 20 anos e você não consegue recuperar tudo. A natureza te ajuda e tudo mais, mas aquela biodiversidade de quando você entra numa mata mais fechada não volta a ser a mesma. É muito trabalho.

A biodiversidade da Amazônia que está sendo perdida é terrível. Ela está sendo perdida para o quê? A ideia de que está sendo perdida porque você precisa de projeto de desenvolvimento é uma mentira. É falso. Porque o projeto de desenvolvimento não é permitindo que grileiros tomem terra pública, queimem, escravizem, porque muitas vezes isso é feito com trabalho escravo, trabalho análogo à escravidão.

Na semana passada eu tive contato com indígenas, os quais já tinha conhecido em viagem, e voltei a falar com eles. E eles estão apavorados. Inclusive estão tendo conflitos porque criaram um grupo chamado Guardiões da Floresta - até escrevi isso na minha coluna de domingo. E esses índios guardiões andam pela floresta, pela terra indígena e, de vez em quando, encontram e dão o flagrante. Antes, eles faziam isso e comunicavam as autoridades. Agora, estão indo para dar o flagrante porque não tem poder público. Os caras revidaram com tiros - felizmente ninguém saiu ferido. Então, quer dizer, está tendo muita tensão. Cada vez mais tensão entre as comunidades muito ligadas ao agronegócio.

O agronegócio tem um lado luminoso e um lado sombrio. Tem um lado que é moderno e estão aí os grandes falando em Nova Iorque, negociando que o Brasil não seja isolado como produtor e fornecedor do mundo. Mas tem um lado que faz vista grossa para o crime. O crime de roubo da propriedade coletiva.

O que faz um grileiro? Ele rouba a terra que é sua, que é minha, que é dele, que é de todos nós e diz que é dele. E queima essa terra e faz uma cerca. Só que ele tira a madeira de terra indígena para construir os mourões. É muito crime. E aí, cada vez que o ministro vai para lá, ele vai para se reunir com os porta-vozes desses caras. E eles dizem que o Ibama não deixa produzir, que o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) não deixa produzir, a Funai não deixa produzir.

Eu tenho falado com funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio), do ICMBio que estão apavorados, que acham que estão sendo grampeados. Para fazer meu trabalho jornalístico, às vezes, eu encontro funcionário público em hotel, porque eu não posso ir numa repartição, tamanho o sentimento de perseguição.

Até que ponto na opinião da senhora o presidente Bolsonaro abraçou a reforma da Previdência e até que ponto ele acaba atrapalhando esse ajuste? A reforma tributária pode ser mais difícil que a previdenciária?

No caso da reforma da Previdência é um avanço. Tem idade mínima, antes não tinha. Tem várias coisas. Mas na tramitação ela perdeu um pouco de suas qualidades. E a única intervenção do presidente foi para piorar o projeto. A única. Ele só fez um projeto para beneficiar os policiais. Ele não entrou para negociar, para convencer, para entender o que ele estava falando, o que ele estava propondo. Então, a minha resposta é que ele atrapalhou. Quem fez essa reforma foi a construção desse consenso que acabou chegando no Congresso. O Congresso assumiu e contou com a colaboração de quadros bons do funcionalismo público - desde pessoal como Mansueto, Leonardo Rolim (secretário de Previdência do Ministério da Economia), gente do Ministério da Economia que foi lá negociar.

Em relação à reforma tributária, o governo não disse ainda o que ele quer. Eu não acho que uma reforma tributária possa ser feita sem o governo federal. O governo federal não tem projeto. O governo não tem projeto porque ele tinha um projeto - um único projeto: CPMF. Ele ainda pensa nisso. O ministro ainda pensa nisso.

Mesmo com a queda do Marcos Cintra (ex-secretário da Receita)?

Hoje ele voltou a defender. Ele continua dizendo que ela seria tão boa porque faria isso, faria aquilo. Ele deu uma entrevista hoje (nesta segunda-feira, 23) e voltou a defender a CPMF. Então, está acontecendo uma coisa esquisitíssima: a Câmara tem um projeto, o Senado tem um projeto, o governo não tem um projeto - tinha um que morreu e o ministro é viúvo dele.

O Mansueto acredita que o governo vá pegar algum dos projetos em tramitação e apresentar emendas a esse projeto.

Mas mesmo assim, se ele fizer isso - e tomara que faça - ali todos os dois são como unificar impostos sobre o consumo. Tem vantagens, mas isso é parte da reforma. Tem outras coisas que eles estão falando que não fazem parte. Isso é unir PIS, Cofins, ICMS, ISS, IOF… São impostos federais e talvez um imposto estadual e municipal. Não é simples e é incompleto. Que governança vai ter para o município continuar autônomo em relação à receita dele? Como o estado vai continuar autônomo em relação à receita dele? Qual o sistema de governança desse dinheiro que vai ser arrecadado no mesmo imposto? Essa é a arquitetura difícil que estão discutindo. Mas estão discutindo sem um dos participantes da conversa - participante fundamental que é o governo federal. Eu também não acho que a reforma tributária seja fácil fazer. Nunca foi fácil fazer. Sempre foi proposto por todos os governos e nunca foi feito, mas eles podem fazer uma coisa qualquer, com transição de 50 anos, e dizer que fizeram. Na verdade, não fizeram, porque não vai ter efeito na economia. Nós queremos uma reforma tributária que tenha efeito na economia, que nos ajude a sair do buraco que nós estamos.

A vinda da senhora a Vitória desta vez coincide com a primeira interinidade da vice-governadora, Jaqueline Moraes (PSB), no cargo de governadora em exercício. Ela é mulher e negra. Sabemos do seu comprometimento com a luta contra a discriminação e pela tolerância. Você tem até um livro infantil sobre isso (“Flávia e o Bolo de Chocolate”). Qual foi a sensação ao chegar aqui e deparar com uma governadora negra?

Eu fiquei tão emocionada! Eu fiquei realmente emocionada. Quando eu a vi, falei nossa, são dois avanços: é uma mulher, no meu querido Espírito Santo, e negra. Então, eu acho que a Jaqueline Moraes pode errar e pode acertar. Não interessa. E não é isso que está em julgamento. Eu posso concordar ou não concordar com ela ao longo do trabalho dela. Mas o fato de os capixabas terem feito isso me enche de orgulho, porque é assim que se avança: quebrando essa barreira que é invisível, que impede mulheres de chegarem ao poder, que impede os negros em todas as estruturas de poder. Uma mulher negra chegar a ser vice-governadora e estar hoje governadora… eu me senti muito feliz. Hoje eu estou governada por uma mulher negra. E isso me faz uma pessoa feliz e orgulhosa.

No fim da palestra, a senhora falou muito sobre sonhar o nosso futuro, sobre construir e agregar. Considerando todos os ataques e críticas ao seu trabalho, de onde a senhora consegue tirar a serenidade para enxergar a conciliação?

A minha vida adulta nunca foi fácil. A minha vida adulta já começou com um teste forte [prisão e tortura]. E o que eu sonhei para mim? Eu sonhei em ser parte da conversa brasileira. Eu não queria nada. Eu não quero poder, eu não quero cargo, eu não quero política. Eu quero ser parte da conversa. Eu quero ser escritora e jornalista. É isso que eu quero ser e é o que eu sou. Então, isso é que é o mais importante. Primeiro, eu sou uma pessoa realizada. Segundo, como eu disse lá naquele dia no meu discurso na Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), nesse ambiente de ódio, a gente precisa saber o que a gente realmente é, porque vão dizer que você é isso, vão dizer que você é aquilo. Então você fala assim: e quem eu sou? Então você tem que focar no que você é. Por isso é que eu usei a poesia do [escritor argentino Julio] Cortázar: “Eu sei onde tenho o meu coração e por quem ele bate”. Eu sei onde tenho o meu coração e por quem ele bate. Não adianta dizer: “Vai na Venezuela!”. Eu fui na Venezuela, fiz matéria contra o governo Chávez, o Chávez me chamou de doida: “Es loca! Es loca!”. E eu botei no ar ele me chamando de louca. Então, enfim, eu acho que nós que trabalhamos com comunicação temos que nos fortalecer porque nós estamos expostos, nós estamos no meio da conversa. E isso é bom: estar no meio da conversa. Mas a gente vai ser atacado. E esses ódios muitas vezes são construídos, não podemos ser ingênuos. Muitas coisas são produzidas, são fabricadas…

Por milícias digitais?

Por milícias digitais, por empresas que contratam outras empresas… Tem muito mais organização atrás dessa desordem do que a gente pensa.

Não é tão espontâneo.

Não. Acho que a gente precisa se esforçar mais para inclusive investigar melhor isso, para poder entender melhor essas ondas de ódio, até para proteger melhor pessoas que possam não ter uma estrutura para enfrentar um ataque. Ontem (domingo, 22) eu fiz um passeio muito gostoso. Eu encontrei as minhas amigas, encontrei a Sandra Medeiros, a Glecy Coutinho. A gente saiu por aí. E eu fui ao primeiro lugar onde eu morei, assim que eu cheguei aqui [vindo de Minas Gerais], aos 18 anos de idade. Era uma república, onde moramos eu e Sandra e outra amiga. E eu olhava assim e achava tudo tão incrível. E é um pouco para responder isso aí. Eu não estou divagando, não…

(Risos) Pode divagar…

(Ela mostra a foto) Essa minha cara de alegre, assim, é porque eu estava de fato alegre, sabe? Esse lugar aqui fica ali numa escadaria atrás do Teatro Carlos Gomes. Aqui eu morava com a Sandra. Quando eu me sentei aqui, com essa cara, eu pensei: quando eu entrei nessa porta, eu sonhava o quê? Eu sonhava que a gente ia ter democracia. Eu sonhava que as mulheres com um mundo com mais protagonismo para as mulheres, avanço para as mulheres. E eu sonhava em ter uma carreira. E eu tenho a carreira. Eu avancei, mulheres avançaram menos do que eu gostaria, mas avançaram. E a gente tem uma democracia. Então eu pensei assim: caramba, eu atravessei esse umbral, essa portinha pela primeira vez, sonhando esses sonhos. Eu não posso ser pessimista, porque de fato, na minha vida, as coisas foram dando certo, sabe? Mesmo a coisa mais violenta que eu vivi aqui, que foi o medo de ter um filho com sequelas por causa da prisão. Ele nasceu normal e ele é essa pessoa linda. O Vladimir [Netto, repórter da TV Globo] é o mais velho. O que escreveu o livro [“Em Nome dos Pais”, do também jornalista Matheus Leitão] é outro maravilhoso. Então as coisas foram dando certo.

E é louco, porque a senhora poderia não gostar de voltar ao Espírito Santo por tudo que passou aqui. Mas não, está sentada ali com essa alegria…

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Mas o Espírito Santo me deu muito, me deu muito… Me deu a profissão, me deu tanta coisa… Foi aqui que entrei na idade adulta, que eu fui abrindo os olhos, que eu fui entendendo o mundo, que fui aprendendo a ser resistente e a ser resiliente. Então, eu gosto muito. Eu saí porque, depois de muitas demissões, eu não tinha mais espaço para trabalhar aqui. Mas tenho meus amigos aqui, pessoas que me ajudaram, pessoas que me ensinaram a profissão. Muita coisa também no Espírito Santo.

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