Mas senadores também querem cobrar a fatura para votar o principal projeto econômico do governo em tramitação no Congresso. Sem consenso na Casa, a votação da reforma, agora, passou para a próxima terça (1º) na CCJ e, no mesmo dia, à tarde, no plenário.
A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), disse que a decisão de adiamento teve o aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
"Fui voz vencida. Achávamos que [...] conseguiríamos votar a reforma da Previdência até 15h para não prejudicar [a sessão do] Congresso, mas houve uma determinação do presidente da Casa junto com os líderes e nós temos que acatar", afirmou Tebet.
Alcolumbre convocou uma sessão do Congresso para a tarde desta terça para votar os vetos à lei de abuso de autoridade, além de analisar um projeto que permite a liberação de emendas parlamentares para deputados que votaram a favor da reforma da Previdência.
Emendas são formas de um parlamentar destinar recursos para sua base eleitoral e foram negociadas com o Palácio do Planalto quando a proposta de reestruturação das regras de aposentadorias estava na Câmara.
Senadores também querem o mesmo benefício e interlocutores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) analisam os pedidos do Senado.
OPERAÇÃO DA PF
Além disso, a operação da Polícia Federal que teve como alvo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), por suposto recebimento de propina gerou um clima de instabilidade.
A ação da semana passada irritou Alcolumbre e líderes partidários criou um cenário de revanchismo às vésperas do primeiro teste da reforma no plenário do Senado.
Eles se reúnem com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, na manhã desta terça para discutirem a operação da Polícia Federal.
O presidente do Senado minimizou a decisão que tomou junto com os líderes à respeito da reforma da Previdência.
Ele declarou que, apesar do atraso no calendário nesta semana, a previsão para concluir a votação do projeto no Senado continua no dia 10 de outubro.
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