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Câmara aprova projeto para evitar que governo dos EUA paralise

Câmara aprova projeto para evitar que governo dos EUA paralise

Trump espera Senado para acordo orçamentário que evitaria que serviços federais parem

Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 12:02

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O presidente dos Estados Unidos Donald Trump. (Gage Skidmore | Flickr)

Num dia em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passou envolvido em negociações intensas para alcançar um acordo orçamentário no Congresso, a Câmara conseguiu aprovar um projeto de curto prazo para evitar uma paralisação do governo federal. Impasses sobre imigração e uma confusão em seu próprio partido ameaçam congelar vários serviços do governo temporariamente por causa da falta de um acordo sobre o Orçamento. O Senado ainda tem aprovar uma lei própria sobre o tema.

Aprovada por 230 votos a favor e 197 contra, a decisão na Câmara financia o governo até 16 de fevereiro. Agora, os senadores têm até minutos antes da meia-noite de sábado para alcançar um acordo sobre o financiamento dos gastos e evitar a paralisação parcial do governo. Isso aconteceu pela última vez em 2013, quando milhares de funcionários ficaram em casa por mais de duas semanas.

"É muito possível" que o Estado federal pare na sexta-feira, disse o presidente, culpando os democratas.

Antes, ele tinha alertado que uma paralisação seria "devastadora" para o governo, e rejeitado uma solução temporária para o programa federal de seguro de saúde para crianças pobres (Chip, em inglês), que legisladores governistas querem renovar por seis anos para agradar a oposição democrata.

Os republicanos, que dominam o Senado e a Câmara, querem um orçamento para 2018 que aumente o gasto militar, uma promessa de campanha de Trump, que considera que as forças armadas têm equipamentos insuficientes após mais de 16 anos de guerra ininterrupta.

"Estamos reconstruindo nosso exército e (a paralisação) seria o pior para ele", disse nesta quinta o presidente, em visita ao Pentágono.

A oposição democrata exige em troca de seu voto uma solução para os dreamers, jovens que entraram nos Estados Unidos ilegalmente quando eram crianças, e que correm risco de deportação após Trump revogar, em setembro do ano passado, o programa Daca da era Obama, que lhes garantia residência temporária.

Os republicanos pretendem votar ainda nesta quinta um novo acordo de financiamento temporário, até meados de fevereiro, e a continuação do Chip por seis anos, sem incluir medida de imigração.

Pelo Twitter, Trump pressionou o Congresso e os democratas, acusando-os de obstrução. Ele também disse que o Chip "deve fazer parte de uma solução a longo prazo, não de uma extensão de 30 dias ou de curto prazo".

Os republicanos concordaram em resolver a situação dos dreamers, que permaneceram no limbo e, a partir de março, podem ser deportados. Mas Trump exige que qualquer lei sobre imigração inclua a votação de fundos para o muro da fronteira com o México, que prometeu construir durante a campanha eleitoral, assim como outras medidas anti-imigração.

"Se não há muro, não há acordo", afirmou o presidente pelo Twitter.

Os democratas, que se recusam a financiar o muro, para eles símbolo de uma política xenófoba, podem bloquear o projeto no Senado, onde é necessária uma maioria qualificada de 60 votos em 100.

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Contudo, o senador republicano Lindsey Graham disse na noite de quarta-feira que os democratas tinham concordado com alguns aspectos do financiamento do muro.

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