Ancara rebateu nesta quinta-feira, 25, a informação divulgada por Washington sobre uma conversa por telefone entre os presidentes americano, Donald Trump, e turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmando que "não reflete fielmente" o conteúdo de sua conversa sobre a ofensiva turca na Síria.
Depois desse telefonema na quarta à noite, a Casa Branca afirmou que Trump pediu a Erdogan para "reduzir e limitar suas ações militares" mobilizadas no enclave sírio de Afrin com o objetivo de expulsar as Unidades de Proteção do Povo (YPG). A milícia é considerada "terrorista" pelo governo turco, mas é uma aliada de Washington na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria.
Fontes oficiais turcas refutaram essa versão, assegurando que "não reflete fielmente o conteúdo da conversa por telefone" entre os dois dirigentes.
O presidente Trump "não expressou preocupação sobre uma escalada da violência" em Afrin, mas se referiu à "necessidade de limitar a duração da operação turca", disseram fontes.
A presidência turca também desmente que Trump tenha manifestado "preocupação a respeito da retórica falsa e destrutiva procedente da Turquia", como afirmava o comunicado de Washington.
Além disso, completam as mesmas fontes, Trump simplesmente transmitiu que as críticas turcas sobre os Estados Unidos "suscitam preocupação em Washington".
As relações entre Turquia e Estados Unidos, países aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), degradaram-se consideravelmente nos últimos anos, devido a vários pontos de discórdia, incluindo o apoio americano às milícias curdas sírias.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta