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Atirador da Flórida anunciou na web massacre em escola há cinco meses

Atirador da Flórida anunciou na web massacre em escola há cinco meses

FBI admitiu que recebeu denúncia, mas não conseguiu deter Nikolas Cruz

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 12:08

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Nikolas Cruz. (ESTADÃO CONTEÚDO)

Depois de o jovem Nikolas Cruz abrir fogo em uma escola no sul da Flórida e deixar 17 mortos, o FBI admitiu que recebeu uma denúncia contra o atirador de 19 anos, mas falhou em detê-lo. O americano havia postado um prenúncio da tragédia no YouTube, há cerca de cinco meses. O acusado confessou os crimes e explicou que descartou a arma — uma AR-15 comprada legalmente no estado — para fugir misturado à multidão.

Diante do horror e do luto, as autoridades americanas, entre elas a polícia de investigação e de inteligência, ficaram sob escrutínio popular. O FBI confirmou que, em setembro do ano passado, recebeu um alerta sobre uma mensagem postada no YouTube por um usuário de nome Nikolas Cruz. "Eu serei um atirador profissional em escola", dizia o texto na rede social. Em comunicado, os policiais reconheceram que, apesar da revisão e checagem de dados, não conseguiram identificar o autor do post e o deixaram livre.

Colegas de escola do atirador, que fora expulso da Stonemen Douglas por indisciplina, destacaram que ele era conhecido por publicar conteúdo violento na internet e por ser fanático por armas. Nesta quinta-feira, a ONG Liga Antidifamação reportou que Cruz era membro de um grupo supremacista branco e havia participado de exercícios de treinamento militar.

O massacre na Flórida foi o mais mortal em seis anos e reacendeu a discussão sobre a necessidade de endurecimento da venda de armas no país. O presidente Donald Trump desafiou os clamores por mais checagens de segurança e sugeriu que a raiz da violência era uma crise de saúde mental.

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Cruz foi acusado por 17 assassinatos — 15 perderam a vida na escola e dois, já no hospital. Ele está preso sem fiança. Mais de 12 pessoas ficaram feridas no ataque armado. O americano chegou à instituição às 14h19m (horário local) e, três minutos depois, passou a disparar contra alunos e funcionários nas salas de aula e nos corredores. O autor do massacre deixou o campus às 14h28m, sem a arma, e passou no Subway e no McDonald's antes de ser detido por policiais.

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