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Estados Unidos iniciam retirada de tropas do Iraque

Estados Unidos iniciam retirada de tropas do Iraque

Vitória sobre Estado Islâmico foi decretada em dezembro pelo governo iraquiano

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 14:29

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Soldados - Ilustração. (Reprodução/Pixabay)

Os Estados Unidos iniciaram a retirada de suas tropas do Iraque após a declaração da vitória de Bagdá sobre o grupo do Estado islâmico (EI) no ano passado. Dezenas de soldados americanos foram transportados do Iraque para o Afeganistão em voos diários durante a última semana, juntamente com armas e equipamentos, disse um porta-voz do governo iraquiano nesta segunda-feira.

Duas autoridades iraquianas confirmaram a "The Associated Press" que a coalizão liderada pelos EUA e o governo local chegaram a um acordo para retirar tropas no Iraque. É a primeira vez que isso ocorre desde que a guerra contra o EI foi iniciada, há mais de três anos. O governo do Iraque não confirmou o início do processo oficialmente.

"A continuação da presença da coalizão no Iraque será baseada em condições, proporcional à necessidade e em coordenação com o governo do Iraque", disse o porta-voz da coalizão, o coronel do exército Ryan Dillon, a Associated Press.

Um alto funcionário do governo iraquiano perto do primeiro-ministro Haider al-Abadi disse que 60% de todas as tropas americanas atualmente no país serão retiradas, de acordo com o acordo inicial firmado com os Estados Unidos. O plano deixaria uma força de cerca de 4.000 soldados dos EUA para continuar treinando o exército iraquiano.

Um relatório do Pentágono, divulgado em novembro do ano passado, dizia que havia 8.892 soldados americanos no Iraque até o final de setembro. Os EUA lançaram ataques aéreos contra o grupo EI no Iraque em agosto de 2014. "Tivemos uma mudança de missão recente e logo estaremos apoiando um teatro de operações diferentes no próximo mês", afirmou o ex-membro do exército americano, o tenente William John Raymond à AP, em Al-Asad.

A retirada das forças dos EUA vem apenas três meses antes das eleições nacionais no Iraque, onde a presença indefinida de tropas americanas continua a ser uma questão divisória.

Embora os EUA tenham apoiado as principais vitórias militares iraquianas sobre o EI, como a retomada da cidade de Mosul, as forças paramilitares lideradas pelos xiitas do Iraque, com estreitos vínculos com o Irã, pediram a retirada das forças dos EUA. O primeiro-ministro declarou anteriormente que as forças armadas do Iraque precisarão de treinamento americano nos próximos anos.

O Iraque declarou a vitória sobre o EI em dezembro, depois de mais de três anos de combate extenuante contra os extremistas. Em 2014, no auge do poder do grupo militante sunita, o EI chegou a controlar quase um terço do território iraquiano.

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No entanto, O EI mantém uma "estrutura celular" de combatentes, que realizam ataques no Iraque visando a interrupção da segurança local, disse o general James Glynn durante uma reunião do Pentágono no mês passado. Ele prometeu apoio contínuo às forças de segurança do Iraque, mas reconheceu que as "capacidades" da coalizão lideradas pelos EUA no Iraque provavelmente mudarão agora que as operações de combate convencionais contra o grupo cessaram em grande parte.

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