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Missão neozelandesa busca erradicar roedor

Missão neozelandesa busca erradicar roedor

Navio zarpou rumo às Ilhas Antípodas, perto da Antártica, onde animal virou praga

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 14:04

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O roedor teria sido introduzido nas Ilhas Antípodas após um naufrágio há mais de um século, acreditam especialistas. (Reprodução/Pixabay)

Três cachorros de caça, uma série de equipamentos com sensores, uma ministra e vários membros da força de defesa da Nova Zelândia foram despachados em uma missão especial: caçar um roedor, mais conhecido como o "rato de um milhão de dólares", que vive em ilhas remotas da Antártica.

As inóspitas Ilhas Antípodas estão localizadas a 760 quilômetros a sudeste da Nova Zelândia e foram até recentemente o lar de uma população de 200 mil ratos. Acredita-se que esses animais tenham sido introduzidos lá por causa de um naufrágio, há mais de um século.

No ambiente das Antípodas, os ratos passaram a representar uma praga: comeram pintinhos de albatrozes vivos, devastaram a vegetação e ameaçaram a vida de insetos raros.

Ilhas Antípodas, ao sul da Nova Zelândia, bem próximo da Antártica. (Divulgação/Benjamin Hell)

Na tentativa de erradicá-los há dois anos, a Nova Zelândia levantou o equivalente a pouco mais de R$ 2,3 milhões e embarcou em um dos maiores e mais ambiciosos programas de extermínio já realizados em qualquer lugar do mundo.

Em junho de 2016, uma equipe de 13 pessoas passou 75 dias exterminando cerca de 200 mil ratos — o que acredita-se que é o total da população de roedores.

Agora, a primeira equipe de monitoramento da Nova Zelândia partiu no navio HMNZS Wellington para passar três semanas buscando ratos no patrimônio mundial, para ver se o projeto foi de fato um sucesso.

A ministra da conservação da Nova Zelândia, Eugenie Sage, que está a bordo do navio, disse que a expedição é excitante, mas que devasta seus nervos.

— Como com qualquer erradicação da ilha, o sucesso nunca é garantido. A operação Antípodas foi feita de acordo com as melhores práticas internacionais, no entanto, o desafio de erradicar 200 mil ratos de uma parte remota e selvagem da Nova Zelândia nunca deve ser subestimado — afirmou a ministra. — Se algum dos ratos tivesse sobrevivido à operação, a população teria se recuperado agora até um nível onde eles deveriam ser detectáveis ... a comunidade internacional estará observando de perto.

Stephen Horn, gerente de projeto do departamento de conservação, disse que chegar às ilhas foi o primeiro desafio da equipe, que precisou escalar 18 penhascos para acessar uma acomodação.

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— Os ratos estão tendo um enorme impacto em toda uma gama de espécies — disse ele. — A beleza da ilha sub-antártica que está tão longe da Nova Zelândia é que, ao longo do tempo, ela desenvolveu sua própria gama de espécies, que é única. Existem espécies raras, ameaçadas, endêmicas, que queremos proteger.

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