O policial armado designado para proteger a escola alvo do massacre da semana passada na Flórida não tentou impedir o ataque que matou 17 pessoas, revelou o xerife do condado responsável. O agente se demitiu após a revelação de que ele esperou a chegada de seus colegas para intervir, enquanto o jovem Nikolas Cruz cometia a chacina.
Segundo o xerife Scott Israel, o policial Scott Peterson responsável pela segurança do entorno do colégio Marjory Stoneman Douglas, em Parkland já estava suspenso sem direito a salário desde o episódio.
Perguntado sobre o que o agente deveria ter feito, Israel foi direto: deveria ter "confrontado ou matado" o atirador.
"O que vi foi o agente chegar à ala oeste do Prédio 12, se manter na posição e nunca entrar disse Israel, citando uma investigação interna sobre a resposta do agente." Ele esteve no campus durante todo o tempo.
A ausência de ações de Peterson teria durado cerca de cinco minutos, tempo para que os demais agentes chegassem à escola.
"Ver o vídeo (do episódio) me deixou devastado, mal do estômago, sem palavras", afirmou Israel.
Segundo o xerife, o policial falhou com o serviço. No entanto, ele disse que não revelaria vídeos que mostram a omissão do agente, que estaria sujeito a uma grave sanção disciplinar. No entanto, não se esperam ações criminais contra ele.
Esta revelação é feita quando a sociedade americana debate a possibilidade de dotar professores e funcionários das escolas de armas e, eventualmente, que sejam capazes de se defender e proteger as crianças de um tiroteio em massa.
Ex-aluno expulso da instituição, Nikolas Cruz, de 19 anos, foi detido e já fez a primeira audiência. Ele usou uma arma AR-15 no crime, vestia uma máscaras de gás sobre o rosto, um chapéu preto e calça e blusa marrons, e tinha vários cartuchos de munição.
O atirador coopera com as autoridades e disse que disparou um alarme de incêndio para chamar a atenção e aumentar o número de vítimas.
Subúrbio de cidades como Fort Lauderdale e Boca Raton, Parkland foi eleita no ano passado como a cidade mais segura da Flórida no ano passado, segundo o Conselho Nacional de Segurança Doméstica, com sede em Washington. O grupo disse que a região, com uma população de 31,5 mil habitantes, registrou apenas sete episódios de violência e 186 delitos contra propriedades em 2017.
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