Na tarde desta segunda-feira (23), nove pessoas morreram e 16 ficaram feridas, quando um motorista avançou sobre pedestres que estavam em uma calçada em Toronto, no Canadá. O capixaba Glauber Izidoro, de 27 anos, que mora no país há um ano e meio com a esposa disse que está assustado.
Em entrevista ao Gazeta Online, Glauber contou que mora a 15 quilômetros de onde aconteceu o atropelamento. Segundo ele, a região é tranquila. "Lá tem uma estação de metrô bem popular. Na hora tinha um fluxo bem grande de gente", disse. E continua: "A gente fica chocado. Aqui em Toronto, a característica é de tranquilidade, não tem índice alto de roubo e nem de acidente".
Apesar do ocorrido, Glauber disse que não pretende se mudar do local. "Não penso em abrir mão do que a gente tem em Toronto. O risco é tanto aqui como em outros lugares. Então não passa pela minha cabeça em sair". Ele acredita que o ato não foi terrorista. "Ele foi rendido pela polícia e ficou brincando com o policial, mostrando uma arma de brinquedo. Estão achando que ele tem problema mental", finalizou.
O CASO
Nove pessoas morreram e 16 ficaram feridas quando o motorista de uma van branca alugada avançou sobre pedestres que estavam em uma calçada em Toronto, no Canadá, informou a polícia canadense no fim da tarde desta segunda-feira (23). O motorista foi preso, mas a polícia ainda não revelou se o atropelamento foi um ato deliberado dele ou se foi um acidente. A colisão ocorreu no cruzamento entre a rua Yonge e a Avenida Finch East, no norte da cidade, numa região que mistura residências e comércio.
"A investigação está em um estágio no qual mais nenhuma informação pode ser confirmada", disse o ministro da Segurança Pública do Canadá, Ralph Goodale, em entrevista coletiva. "A polícia está obviamente realizando uma investigação completa para determinar o que aconteceu e por que aconteceu, as motivações envolvidas".
O incidente aconteceu às 13h30, hora local (12h30 no Brasil), quando as ruas estavam cheias de pessoas que haviam saído dos escritórios para o almoço. Uma testemunha do atropelamento, identificada como Ali, disse à rede de TV CNN que o motorista parecia agira propositalmente. "Ele estava matando todo mundo. Ia avançando cada vez mais, atingindo as pessoas uma após a outra", disse. Ele contou que algumas das vítimas eram idosos e que viu um carrinho de bebê ser lançado pelo ar.
O atropelamento foi a 30 quilômetros do centro de Toronto, onde se reúnem os ministros do Exterior do G7, formado por Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão. Depois do atropelamento, a segurança ao redor do hotel não chegou a ser reforçada, segundo a agência Reuters. Até agora não foi estabelecida nenhuma relação entre o incidente e a reunião dos representantes do grupo, que costumava reunir as sete maiores economias do mundo capitalista, mas perdeu relevância com a ascensão da China ao posto de segunda economia global.
"Ainda estamos reunindo informações e, assim que pudermos, vamos compartilhá-las com os canadenses", disse o premier do país, Justin Trudeau.
A empresa Ryder, que alugou a van, disse que está colaborando com as autoridades
Em outros casos recentes nos Estados Unidos e na Europa, atropelamentos se revelaram ações terroristas.
Nas redes sociais, imagens do acidente foram compartilhadas:
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta