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Coreias do Sul e Norte ativam linha direta entre seus líderes

Coreias do Sul e Norte ativam linha direta entre seus líderes

Medidas de aproximação se intensificam diante de cúpula intercoreana à vista

Publicado em 20 de abril de 2018 às 11:38

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Kim Jong-un. (Reprodução/Web)

As duas Coreias ativaram nesta sexta-feira uma linha de telefone direta entre seus governantes, anunciou Seul, uma semana antes de uma reunião de cúpula entre o presidente sul-coreano Moon Jae-in e o líder norte-coreano Kim Jong Un na zona desmilitarizada que divide a península. Esta linha conecta a Casa Azul (sede da presidência sul-coreana em Seul) com o gabinete em Pyongyang da Comissão e Assuntos de Estado, presidida pelo líder norte-coreano.

Uma conversa de teste entre operadores teve duração de quatro minutos e 19 segundos.

— A conexão histórica da linha direta entre os líderes das duas Coreias acaba de ser estabelecida — afirmou Yoon Kun-young, alto funcionário da Casa Azul.

A reunião de cúpula entre Kim e o presidente sul-coreano será o grande momento de semanas de intensa atividade diplomática na região desde os Jogos Olímpicos de Inverno, organizados em fevereiro pelo Sul. E o prelúdio de um encontro de cúpula histórico previsto entre Kim e o presidente americano Donald Trump.

Chefe de Estado sul-coreano Moon Jae-in. (Reprodução/Instagram)

SUL QUE TRATADO DE PAZ

Os dirigentes das duas Coreias se reunirão no lado sul da zona desmilitarizada que fica entre os dois países, na localidade de Panmunjom. Será o terceiro encontro de cúpula entre os países desde o fim da Coreia (1950-53), que terminou com um armistício e não um tratado de paz, o que significa que os dois lado permanecem, tecnicamente, em guerra.

Moon afirmou na quinta-feira que deseja uma declaração oficial de fim da guerra como etapa inicial a um tratado. O presidente Trump aprovou que as duas partes negociem este tipo de acordo.

A aproximação entre os dois países teve início este ano, com a demonstração de intenção do regime norte-coreano de abrir mão do desenvolvimento de seu arsenal nuclear caso obtivesse garantia de segurança contra hostilidades dos Estados Unidos na Península Coreana.

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Esta semana, ministros sul-coreanos se mostraram otimistas a respeito da questão sobre desnuclearizar a região, indicando que o Norte está de fato disposto a conter seu programa nuclear e de mísseis, que marcou o ano de 2017 como uma ameaça global.

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