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Inventor é condenado por matar jornalista em submarino

Inventor é condenado por matar jornalista em submarino

Paul Madsen admitiu ter esquartejado Kim Wall, em agosto, após entrevista

Publicado em 25 de abril de 2018 às 11:35

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Kim Wall estava desaparecida desde agosto, quando foi entrevistar o inventor de um submarino. (Reprodução/Instagram)

Um tribunal dinamarquês condenou o inventor Peter Madsen à prisão perpétua pelo assassinato da jornalista sueca Kim Wall, que desapareceu, em agosto do ano passado, após fazer uma reportagem no submarino projetado pelo empreendedor. O agora condenado estava detido desde a denúncia do desaparecimento. A defesa do inventor diz que vai recorrer da decisão.

Paul Madsen confessou que esquartejou o corpo da vítima e despejou as partes no mar. Ele sempre negou, no entanto, ter matado Kim, e se declarou inocente de assassinato no julgamento. Segundo o depoimento do acusado, a sueca morreu intoxicada por monóxido de carbono dentro da embarcação, enquanto ele estava no deque.

Em outubro, a polícia dinamarquesa anunciou a descoberta da cabeça e das pernas de Kim. Mergulhadores encontraram os membros na baía de Køge, cerca de 50 quilômetros ao sul de Copenhague. A polícia acredita que o inventor provocou o naufrágio do "Nautilus", do qual foi socorrido.

A jornalista independente sueca, de 30 anos, havia embarcado junto do criador do "Nautilus", o submarino de fabricação caseira, para fazer uma entrevista e uma pequena viagem de demonstração. Detido após o desaparecimento de Kim Wall, o inventor de 47 anos confessou durante um interrogatório que mutilou o corpo e o jogou no mar, mas destacou que a mulher morreu em decorrência de um acidente a bordo.

A autópsia não permitiu determinar as causas da morte de Kim, cujo corpo decapitado, desmembrado e mutilado foi encontrado em vários pontos da baía de Køge, que separa a Dinamarca da Suécia. A necropsia mostrou que os membros foram "deliberadamente seccionados" e revelou mutilações múltiplas infligidas na genitália da vítima.

Segunda uma professora da jornalista na Universidade de Columbia, em Nova York, Kim "queria saber por que motivo alguém criaria coisas que normalmente são feitas para militares e governos poderosos". O namorado denunciou o desaparecimento na noite entre 10 e 11 de agosto. Madsen foi socorrido no dia 11, antes do naufrágio de seu submarino. A acusação argumentou que o inventor torturou e matou a vítima para satisfazer uma fantasia sexual.

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Testemunhas, entre elas várias ex-parceiras de Madsen, descreveram-no como um homem com diversas perversidades sexuais. A análise de um disco rígido confiscado entre os pertences do inventor revelou vídeos de mulheres assassinadas ou feridas. O acusado nega que os registros sejam seus.

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