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Stephen Hawking arcou com um almoço de Páscoa para moradores de rua

Stephen Hawking arcou com um almoço de Páscoa para moradores de rua

Instituição britânica pôde oferecer refeições extras com a doação do astrofísico

Publicado em 3 de abril de 2018 às 12:11

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Bilhete foi deixado em cada mesa dizendo que o almoço era "um presente do Stephen" . (Twitter (@AlexCollisCam)/Reprodução)

Antes de morrer no último dia 14, aos 76 anos, o cientista Stephen Hawking ofereceu um presente a pessoas em situação de rua na cidade de Cambridge: refeições nesta Páscoa, com direito a chocolates em um ambiente decorado com flores. Enquanto familiares, amigos e milhares de fãs se reuniram no último sábado para o funeral do astrofísico britânico, a última boa ação de Hawking era realizada.

Os mais de 50 convidados que estiveram presentes no evento organizado pela instituição FoodCycle reagiram com uma salva de palmas à atitude do professor. Uma mensagem do cientista deixada em cada mesa no salão da Igreja Metodista de Wesley dizia: "O almoço de hoje é um presente do Stephen". Segundo os organizadores, a doação permitiu que um almoço extra fosse realizado.

"Nós estamos muito gratos à família Hawking por sua generosa doação, de forma que pudemos oferecer a nossos convidados uma refeição extra ontem (sábado)", afirmou a instituição, que há oito anos oferece refeições para os necessitados.

A voluntária Caroline Lenoury publicou em seu perfil no Twitter que a refeição extra foi especial e emocionante. "Para o funeral de Stephen Hawking, sua família fez uma generosa doação e nos disse que o almoço era uma 'oferta do Stephen'", disse.

Nascido em 8 de janeiro de 1942, exatamente 300 anos depois da morte de Galileu, Hawking se tornou, aos 32 anos, um dos membros mais jovens da Royal Society, a instituição científica de maior prestígio do Reino Unido.

Ele desafiou as previsões dos médicos que, em 1964, afirmaram que teria poucos anos de vida após o diagnóstico de uma forma atípica de esclerose lateral amiotrófica (ELA). Esta doença ataca os neurônios motores responsáveis por controlar os movimentos voluntários e que o condenou durante décadas a uma cadeira de rodas.

Em 1979, Hawking foi nomeado titular da prestigiosa Cátedra Lucasiana da Universidade de Cambridge, centro ao qual se uniu, procedente da Universidade de Oxford, para estudar astronomia teórica e cosmologia. Milhares de pessoas compareceram à Faculdade de Gonville and Caius para assinar o livro de condolências do cientista, que conquistou muitos leitores com o livro "Uma Breve História do Tempo", publicado em 1988.

A doença o deixou progressivamente paralisado, ao ponto de conseguir comunicar-se apenas com o auxílio de um computador que interpretava sus gestos faciais graças ao único músculo que controlava, o da bochecha.

Seu trabalho uniu a relatividade (a natureza do espaço e do tempo) e a teoria quântica (a física do que a natureza tem de menor) para explicar a criação e o funcionamento do cosmos.

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O cientista receberá uma homenagem mais ampla no próximo 15 de junho, quando suas cinzas serão enterradas na abadia londrina de Westminster ao lado de outro gigante da ciência, Isaac Newton. Na Abadia de Westminster, foram sepultados reis e rainhas, assim como homens e mulheres ilustres.

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