Após escândalos de abusos sexuais no Chile cometidos por religiosos, bispos chilenos colocaram seus cargos à disposição do Papa Francisco, anunciou nesta sexta-feira o porta-voz da Conferência Episcopal do Chile durante coletiva de imprensa no Vaticano. Ao todo, 34 religiosos ofereceram a renúncia.
O anúncio vem três dias após encontros com o Papa no Vaticano, que convocou os 34 bispos para dar esclarecimento sobre os escândalos. "Nós, todos os bispos presentes em Roma, ofertamos nossa renúncia ao Santo Padre para que ele possa decidir livremente por cada um de nós," afirmou o porta-voz do grupo à imprensa.
Após os escândalos no Chile, a credibilidade da Igreja sofreu forte baque no país. Os abusos foram cometidos pelo padre Fernando Karadima em uma paróquia da capital chilena, Santiago. Ele foi responsável por formar 50 sacerdotes, cinco dos quais se tornaram bispos. Após a descoberta das denúncias e informações de que ele abusou sexualmente de crianças e jovens, o religioso foi condenado a uma vida de oração e penitência pela Justiça do Vaticano.
Entre os discípulos do padre Karadima figura Juan Barros, designado em março de 2015 bispo da cidade de Osorno, no sul do país, onde é acusado de ter acobertado os abusos de Karadima.
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