> >
'Erro grave', diz Obama sobre decisão de Trump deixar acordo com Irã

"Erro grave", diz Obama sobre decisão de Trump deixar acordo com Irã

Para o ex-presidente, atitude é "equivocada" e vira as costas aos aliados mais próximos dos americanos

Publicado em 8 de maio de 2018 às 20:53

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos. (Reprodução/ Facebook Obama)

O ex-presidente americano Barack Obama (2009-2017) afirmou nesta terça-feira (8) que a decisão do atual governante dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar-se do acordo nuclear com o Irã é um "erro grave".

"Acredito que a decisão de pôr em risco o JCPOA (sigla em inglês do pacto) sem nenhuma violação iraniana do acordo é um erro grave", declarou Obama em comunicado divulgado minutos depois que Trump anunciou a retirada dos EUA do acordo nuclear com o Irã, assinado em 2015.

Neste sentido, o ex-presidente disse que é uma decisão "equivocada" que vira as costas aos aliados mais próximos dos Estados Unidos.

"O constante descumprimento dos acordos dos quais nosso país faz parte implica no risco de erodir a credibilidade dos Estados Unidos e nos põe em desacordo com as principais potências do mundo", escreveu Obama.

Em seu anúncio, Trump reiterou suas frequentes críticas ao acordo assinado com o Irã junto com Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha, que limita o programa atômico iraniano em troca da suspensão das sanções internacionais.

Obama respondeu a essas críticas e disse que o pacto nuclear "funciona", já que fez o programa nuclear do Irã retroceder "significativamente" desde sua entrada em vigor há três anos.

De fato, afirmou que as agências de inteligência dos EUA constataram que o Irã "está cumprindo suas responsabilidades em virtude do acordo", razão pela qual sair dele representa um risco para a estabilidade do pacto.

No seu comunicado, Obama lembrou que ele e seu governo eram conhecedores de que o Irã apoia o terrorismo e ameaça Israel e seus países vizinhos, motivos pelos quais o acordo nuclear tem ainda mais importância.

"É precisamente por isso que é tão importante que evitemos que o Irã obtenha uma arma nuclear. Todos os aspectos do comportamento iraniano que são preocupantes são muito mais perigosos se o seu programa nuclear não tiver restrições", argumentou o ex-presidente.

Além de retirar-se do acordo com o Irã, Trump anunciou hoje que voltará a impor as sanções suspensas sob o pacto, por considerar de que há "provas" de que Teerã mentiu quando disse que seu programa atômico tinha fins pacíficos.

Este vídeo pode te interessar

O Departamento do Tesouro indicou que essas sanções voltarão a ser impostas em função "de dois períodos de 90 dias e 180 dias", após os quais serão aplicáveis "com plenos efeitos" como consequência da retirada de Washington do acordo nuclear com o Irã. 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais