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Joias radioativas passam por recall na Suíça

Joias radioativas passam por recall na Suíça

Empresa vendeu acessórios contendo altos níveis de urânio e tório

Publicado em 11 de maio de 2018 às 18:43

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O modelo mais vendido na joalheria Paulinho Joias também é quadrado. (Divulgação)

Apaixonados por joias esotéricas, atenção: uma empresa suíça vendeu acessórios de “íons negativos” contendo altos níveis de urânio e tório, metais radioativos e prejudiciais à saúde. É o que informa o Swissinfo.ch, serviço internacional da Sociedade Suíça de Radiodifusão e Televisão (SRG SSR), ligado à Confederação Suíça, em sua página do Facebook.

Diante do problema, o Departamento Federal de Saúde Pública suíço entrou em contato com as pessoas que compraram as jóias, solicitando que elas enviassem imediatamente os produtos adquiridos às autoridades.

O porta-voz do departamento de saúde, Daniel Dauwalder, confirmou na segunda-feira (7) relatos da imprensa de que uma empresa não identificada importou pó de rocha da China com altos níveis dessas duas substâncias radioativas, que são prejudiciais para as células e para a camada externa da pele. O pó de rocha radioativa foi descoberto por guardas aduaneiros alemães, que informaram o Departamento Federal de Saúde Pública.

Citando o departamento de saúde, o Swissinfo informa ainda que, se as pulseiras, colares e brincos contendo os produtos fossem usados por várias horas por dia, ao longo de um ano, o limite de dosagem de 50 millisieverts seria excedido. A longo prazo, isso aumentaria o risco de câncer de pele.

O Departamento de Saúde alerta que as pessoas que compraram as joias não precisam tomar nenhuma medida médica, mesmo que já tenham usado os acessórios. O porta-voz acrescentou que o departamento já recebeu vários itens de joalheria, que serão destruídos. Ele acrescenta que as jóias não devem ser descartadas no lixo normal.

DOENÇAS CAUSADAS PELOS METAIS

A exposição ao tório contido no ar pode conduzir a um aumento do risco de contrair câncer dos pulmões, pâncreas e sangue. Já o urânio produz envenenamento de baixa intensidade (por inalação ou absorção pela pele), com efeitos colaterais, tais como náusea, dor de cabeça, vômito, diarreia e queimaduras.

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Atinge também o sistema linfático, sangue, ossos, rins e fígado. Seu efeito no organismo é cumulativo, o que significa que o mineral, por não ser reconhecido pelo ser vivo, não é eliminado, sendo paulatinamente depositado, sobretudo nos ossos.

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