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Morador de rua processa Burger King por discriminação

Morador de rua processa Burger King por discriminação

Emory Ellis tentou comprar seu café da manhã foi preso injustamente sob acusação de portar uma nota falsa

Publicado em 17 de maio de 2018 às 13:33

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Emory Ellis, que é negro, acusa o Burger King de discriminá-lo devido à sua cor e sua condição de sem-teto e pede uma indenização de US$ 950 mil. (Divulgação)

Um morador de rua abriu um processo contra a rede de fast-food Burger King, após ter sido preso em 2015, acusado injustamente de comprar com dinheiro falso em uma das filiais da empresa em Boston, nos Estados Unidos. Emory Ellis, que é negro, acusa o Burger King de discriminá-lo devido à sua cor e sua condição de sem-teto e pede uma indenização de US$ 950 mil.

Em 2015, o morador de rua entrou em uma das lojas da rede e tentou comprar seu café da manhã com uma nota de US$ 10, o atendente suspeitou da nota e chamou a polícia. Ellis foi levado à delegacia e acabou ficando três meses preso sem possibilidade de fiança sob acusação de falsificação.

O morador de rua só foi solto quando os promotores retiraram a acusação, depois que o serviço secreto identificou que a nota apresentada por Ellis era verdadeira. A defesa de Ellis sustenta que o tratamento do caixa teria sido diferente se ele fosse branco e vestisse um terno. O advogado destaca que, nesse caso, ainda que houvesse a suspeita, o atendente, provavelmente, se desculparia depois e jamais chamaria a polícia.

- Uma pessoa como eu teria recebido um pedido de desculpas, mas uma pessoa como Emory de alguma forma se depara com algemas por tentar pagar seu café da manhã com dinheiro verdadeiro - disse Justin Drechsler, advogado de Ellis.- Ninguém merece ser tratado como ele foi.

Um porta-voz da Burger King afirmou que a empresa não tolera discriminação "de qualquer tipo", mas disse que não poderia comentar sobre as especificidades do caso. A empresa disse ainda que o franqueado é responsável pelo treinamento dos funcionários.

CASOS NO STARBUCKS

Recentemente, outras empresas têm sido alvo de denúncias de racismo. A Starbucks anunciou em abril que fechará mais de 8 mil lojas da marca no dia 29 de maio para fazer uma formação com seus funcionários contra o racismo.

O anúnciou aconteceu depois que dois homens negros foram presos em uma loja da Starbucks apenas por estar esperando uma terceira pessoa para uma reunião. Eles se sentaram a uma mesa e nada pediram enquanto aguardavam. O comportamento foi considerado suspeito pelos funcionários, que os acusaram de invadir a loja e ligaram para a polícia.

Além desse caso, um homem negro denunciou que pediu a senha para utilizar o banheiro antes de efetuar uma compra no café, e teve o acesso negado pela atendente. No entanto, viu que um homem branco saía do banheiro e perguntou se ele havia consumido antes de pegar a senha, diante da negativa, o cliente questionou a funcionária se teria sido barrado por conta de sua cor. A situação foi filmada por ele e publicada na internet.

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