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Maior iceberg já registrado está prestes a derreter

Maior iceberg já registrado está prestes a derreter

O B-15 se desprendeu da Antártica em 2000, quando tinha superfície de 11 mil km²

Publicado em 8 de junho de 2018 às 12:31

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Ao longo dos últimos 18 anos, o B-15Z percorreu cerca de 10 mil quilômetros. (Reprodução/Nasa)

Em março de 2000, a atenção do mundo se voltou para o distante continente da Antártica para acompanhar o desprendimento do B-15, o maior iceberg já registrado na História. As dimensões eram monstruosas: 295 quilômetros de comprimento por 37 quilômetros de largura, cerca de 11 mil quilômetros quadrados de superfície, pouco maior que a Jamaica. Agora, quase duas décadas depois, o B-15 está perto do fim. Imagens capturadas pela Estação Espacial Internacional mostram que seu maior fragmento, o B-15Z, está no Atlântico Sul, perto das Ilhas Geórgia do Sul, onde deve derreter com o contato com águas mais quentes.

— Eles tendem a se misturar com a água, que então passa pelo iceberg como um conjunto de facas — explicou Kelly Brunt, glaciologista da Nasa.

Logo após se desprender do Mar de Ross, o B-15 começou a se fragmentar. O maior pedaço, batizado B-15A, media 6,4 mil quilômetros quadrados. Ao longo dos anos, o iceberg foi se fragmentando enquanto era arrastado pelas correntes, restando apenas o B-15Z com as dimensões requeridas para rastreamento pelo Centro Nacional de Neve e Gelo, ligado à Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA.

Nos últimos 18 anos, o B-15Z foi arrastado pelas correntes marinhas, percorrendo cerca de 10 mil quilômetros de distância. Em vez de acompanhar a costa antártica, cruzando a Passagem de Drake (estreito entre a América do Sul e a Antártica), o B-15Z foi empurrado para o norte, em direção ao Atlântico Sul.

Fotografia mostra que o B-15Z já possui uma grande fratura. (Reprodução/Nasa)

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De acordo com os cálculos da Nasa, o B-15Z tem 19 quilômetros de comprimento por 9 de largura. Ele foi fotografado no último dia 22 por astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional, quando estava a cerca de 280 quilômetros a noroeste das Ilhas Geórgia do Sul. “Icebergs que conseguem chegar tão longe são conhecidos por derreterem rapidamente e chegarem ao fim de seus ciclos”, informou a Nasa, em comunicado.

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