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Moscou terá festa para Brasil e Alemanha afogarem mágoas do 7 a 1

Moscou terá festa para Brasil e Alemanha afogarem mágoas do 7 a 1

Boates promovem eventos para integrar torcedores estrangeiros aos russos

Publicado em 8 de junho de 2018 às 14:05

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Festas temáticas em Moscou querem integrar torcedores estrangeiros aos russos. (Divulgação)

Brasil e Alemanha têm encontro marcado no dia 27 de junho, em Moscou. O palco tem capacidade para 700 pessoas e ganhou recentemente gols em miniatura e um carpete que lembra grama.

Não se trata, é claro, de um jogo de futebol nos grandiosos estádios da Copa do Mundo, mas sim de uma festa na boate Lookin Rooms, bem no centro da capital russa, palco de uma festa dedicada às seleções brasileira e alemã no dia em que ambas entram em campo pela última rodada da fase de grupos.

Esta é uma das cerca de 30 atrações _praticamente uma por dia durante o Mundial_ que fazem parte do "International Fan Party", calendário de eventos montado pelo grupo Moscow International Events (MIE) para surfar na onda da Copa.

A piração _embora sem qualquer relação com a Fifa_ foi toda planejada em paralelo à Copa do Mundo. A festa de abertura acontece na próxima sexta, um dia depois da partida de estreia do Mundial entre Rússia e Arábia Saudita.

O italiano Antonio Franconieri, um dos representantes pelo MIE, explica que as atrações ocorrerão em cinco "venues" _a mesma palavra usada pela Fifa para se referir aos estádios, e que neste caso remete a bares e restaurantes.

A boate Lookin Rooms é a maior delas. As outras são caracterizadas pelo apreço à cultura estrangeira, desde a pizzaria italiana Giuseppe e o restaurante peruano Lima até o pub Jim & Jack e o bar Don’t Trump, um reduto latino que mudou de nome há três anos para alfinetar o presidente dos EUA.

— Agora, entramos no clima da Copa, mas começamos com essas 'International Parties' há três anos, sempre numa tentativa de misturar estrangeiros com a população local. A ideia é atrair gente disposta a conhecer outras culturas e falar outras línguas. Até por isso costumamos começar bem cedo, às 19h30, para que as pessoas tenham tempo de conversar antes de começar a festa propriamente dita, às 23h — diz Antonio, que garante não esperar uma "revanche" entre Brasil e Alemanha no dia 27.

— O que acontece é que a Alemanha joga contra a Coreia do Sul neste dia, e algumas horas depois o Brasil enfrenta a Sérvia. Talvez essa combinação não traga memórias tão felizes para vocês, depois da última Copa [ele ri]. Mas teremos um ambiente divertido, onde as pessoas podem assistir aos jogos e depois conversar, dançar.

É justamente a rodada do dia 27, por sinal, que pode definir um duelo entre brasileiros e alemães nas oitavas de final, a depender do desempenho prévio das duas seleções. Se o Brasil avançar em primeiro no GrupoE e a Alemanha ficar em segundo no Grupo F, ambos se enfrentam em Samara, no dia 2 de julho, por uma vaga nas quartas. Antonio, por sua vez, não está muito preocupado com o resultado em campo.

— É importante lembrar que o jogo do Brasil terminará às 23h de Moscou. É o momento perfeito para começar uma festa. Teremos música latina, e a ideia é ter algo conectado ao Brasil, aos alemães e também a outros países. A Suécia também joga neste dia [contra o México]. Podemos ter uma ou duas músicas do Abba.

Antonio, de 39 anos, está radicado desde o início desta década em Moscou. Com pós-doutorado em física nuclear, o italiano trabalhava em Genebra no acelerador de partículas LHC, mas se cansou.

— Em algum ponto da carreira, percebi que tinha de pensar na minha felicidade. Trabalho é trabalho, mas a vida não é só trabalho.

Dedicado agora à organização de festas e eventos em Moscou, o italiano se diz satisfeito com a rede de atrações que montou nos últimos anos para estreitar laços entre russos e estrangeiros. E faz um apelo: quer mais brasileiros.

— Teremos, em paralelo à nossa festa de abertura, atrações dedicadas à Argentina, à Colômbia, ao Peru. Quero fazer algo semelhante para o Brasil. Já estive no seu país três vezes. E, pelo que conheço dos brasileiros, sei que eles gostam de festas. Quando estiverem em Moscou, imagino que não estarão interessados apenas nos jogos da Copa.

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