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Estudante brasileira morta na Nicarágua dizia ter renascido no país

Estudante brasileira morta na Nicarágua dizia ter renascido no país

Raynéia era pernambucana de Vitória de Santo Antão e completaria 32 anos no próximo mês

Publicado em 25 de julho de 2018 às 10:40

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Raynéia Gabrielle Lima, estudante brasileira na Nicarágua. (Reprodução)

A estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima vivia na Nicarágua desde 2013, quando se mudou para cursar Medicina, e pretendia voltar ao Brasil quando terminasse o curso. Ela fazia residência no Hospital Carlos Roberto Huembes, administrado pela Polícia Nacional da Nicarágua.

Raynéia era pernambucana de Vitória de Santo Antão e completaria 32 anos no próximo mês. Em seus perfis em redes sociais, ela demonstrava muito carinho pelo país que a acolheu. “Nascida no Brasil, renascida na Nicarágua. Liberdade, luz, paz e amor”, é a descrição que faz de si no Facebook.

Raynéia morava em Manágua havia mais de cinco anos, mas a crise política no país pode ter feito a estudante querer antecipar a volta para o Brasil. Em uma postagem no Facebook, em 21 de junho, a jovem colocou seu cachorro de estimação para adoção. “Alfe, 2 anos de idade, por motivo de viagem busca um novo lugar. Muito brincalhão e carinhoso”, escreveu.

O pai de Raynéia, o motorista Ridevando Pereira, afirmou ao Estado que a filha era dedicada aos estudos e não tinha interesse nas questões políticas do país. “Ela foi para lá só com o intuito de estudar, era muito estudiosa”, afirmou, acrescentando que Raynéia não pensava em voltar para o Brasil antes de se formar. “Como ela era estrangeira, ela não opinava em nada.”

Colegas de faculdade da brasileira afirmaram à agências de notícias internacionais que ela teve dificuldade no começo da faculdade, porque não falava nada de espanhol. Solidários, eles teriam ajudado Raynéia nas aulas e no dia a dia na capital.

Segundo os colegas, enquanto cursava a universidade, ela fez diversos bicos para complementar a renda. Vendia doces na universidade, principalmente brigadeiros. Também fazia trabalhos como modelo para poder se sustentar.

SAUDADE DOS PAIS

Ela era filha única por parte de mãe, mas tinha três meias-irmãs e um meio-irmão por parte de pai. Segundo Pereira, a jovem tinha o costume de conversar muito com a mãe sobre sua rotina na Nicarágua.

Em outro post no Facebook, Raynéia falou de seu amor pelos pais. “É doloroso já não contar com a presença de vocês aqui pertinho”, escreveu, acrescentando sentir saudades da família. “Obrigada por serem meus pais, meus amigos, meu apoio, meu tudo! Amo vocês incondicionalmente!”

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Na mesma rede social, Raynéia demonstrava seu amor pela natureza e prática do ioga, além de sua relação com a Nicarágua.

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