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Ex-presidente da Coreia do Sul é condenada a mais oito anos de prisão

Ex-presidente da Coreia do Sul é condenada a mais oito anos de prisão

Em abril, Park Geun-hye já tinha recebido uma sentença de 24 anos por vários crimes

Publicado em 20 de julho de 2018 às 11:07

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Park Geun-hye . (Baek Sung-ryul)

Um tribunal sul-coreano condenou a ex-presidente Park Geun-hye a mais oito anos de prisão nesta sexta-feira, por ter se beneficiado ilegalmente de fundos da agência de inteligência e de ter interferido em uma eleição parlamentar de 2016.

Park, de 66 anos, já foi condenada a 24 anos de prisão em abril por outras acusações, incluindo suborno, abuso de poder e coação. Todas as sentenças devem ser cumpridas consecutivamente, disse um porta-voz do tribunal.

Ela foi a primeira líder democraticamente eleita da Coreia do Sul a ser forçada a deixar o cargo no ano passado, quando o Tribunal Constitucional julgou um escândalo que expôs uma rede de corrupção entre líderes políticos e poderosos conglomerados do país.

A ex-presidente negou ter cometido erros e não estava presente no tribunal. Ainda não há informações se sua defesa vai recorrer.

O Tribunal do Distrito Central de Seul determinou que Park conspirou com seus antigos assessores para causar a perda de fundos do governo no valor de cerca de 30 bilhões de won (cerca de R$ 102, 9 milhões) do Serviço Nacional de Inteligência (NIS). O tribunal ordenou uma multa de 33 bilhões de won (R$ 112,4 milhões).

O dinheiro era de um "fundo de atividades especiais" alocado à agência de espionagem, totalizando 4 bilhões de won (R$13,6 milhões) anualmente, mas que era isento de auditorias estaduais ou relatórios parlamentares. Dois dos três ex-diretores do NIS envolvidos foram sentenciados a três anos e meio de prisão no mês passado e o outro a três anos.

Park também foi considerada culpada de interferir na seleção de candidatos do partido no poder para a eleição parlamentar, violando as obrigações do presidente de permanecer politicamente neutro.

— O uso privado dos fundos por Park enfraqueceu os princípios de execução de fundos do governo e barrou a agência de espionagem do país de usar os fundos para seu dever fundamental de proteger o país e o povo — disse o juiz Seong Chang-ho ao entregar o documento do veredito. — No entanto, a ré transferiu a culpa para seus assistentes e se recusou a comparecer no tribunal.

Quando o juiz proferiu o veredicto, os partidários de Park presentes no julgamento gritaram: "Solte a presidente inocente" e "Isso é uma lei?"

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Os promotores pediram uma sentença de 15 anos e uma multa de 80 bilhões de won (R$272,7 milhões) para Park.

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