O relatório apresentado nesta segunda-feira (30) pelas autoridades da Malásia não descarta a participação de terceiros no desaparecimento do Boeing MH370 da Malaysia Airlines, com 239 pessoas a bordo, no dia 8 de março de 2014.
O chefe da investigação oficial, o malaio Kok Soo Chon, afirmou em entrevista coletiva que o avião mudou de rumo de forma manual, mas não sabe informar o motivo para a falta de provas.
"A mudança de rumo não se deveu a anomalias do sistema mecânico. Ela se fez de maneira manual e não com o piloto automático", disse ele. "Não podemos excluir a participação de uma terceira parte."
O relatório apresentado não responde às principais dúvidas das famílias dos desaparecidos e somente fornece detalhes da documentação divulgada em março.
Kok ainda afirmou que "este não é o relatório final, é só um relatório", acrescentando que é um documento respaldado por oito países, os que colaboraram na sua elaboração, entre eles a Malásia. "Não encontramos a fuselagem. Não encontramos vítimas. Como pode ser o relatório final?", explicou o chefe da investigação.
"O documento, amplia a informação previamente publicada e inclui análises, achados, conclusões e recomendações de segurança, como formas de melhorar a eficácia dos transmissores de localização que monitoram os aviões comerciais", disse Kok.
RECOMENDAÇÕES
O texto também recomenda às companhias e às autoridades que ampliem a informação sobre as condições psicológicas dos pilotos e da tripulação, uma maior inspeção da carga do avião e um maior controle do tráfego aéreo.
O MH370 desapareceu dos radares no dia 8 de março de 2014, cerca de 40 minutos depois de decolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim com 239 pessoas a bordo, 154 delas chinesas. Os investigadores acreditam que a aeronave caiu no sul do Oceano Índico. / EFE
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