O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou nesta quinta-feira (26) nota sobre a morte da brasileira Raynéia Gabrielle Lima, na Nicarágua, há três dias. O comunicado, assinado pela secretária de Relações Internacionais do partido, Mônica Valente, pede "às autoridades nicaraguenses a pronta apuração dos fatos que cercam este crime que vitimou uma jovem que nada tinha a ver com os conflitos locais".
Raynéia, de 30 anos, foi vítima de disparos feitos, segundo testemunhas e colegas , por um grupo de paramilitares aliado do governo. A Polícia Nacional nicaraguense atribuiu o crime a seguranças particulares e disse que vai investigá-lo. Desde abril, uma onda de protestos se transformou em rebelião contra o governo de Daniel Ortega e já fez pelo menos 295 mortos no país.
O texto de hoje do PT não entra em detalhes sobre os confrontos no país. Diz, em suma, que "a paz e a reconciliação da sociedade nicaraguense somente será alcançada por meio do diálogo político entre governo e oposição, sem ingerências externas".
Antes, no dia 20 de julho, em outra nota sobre a Nicarágua, o partido foi mais enfático em sua defesa do governo de Ortega. Mônica Valente então afirmou que o país tem "institucionalidade democrática estabelecida" e que os "enfrentamentos" a governos legítimos "não são uma novidade nas Américas e tampouco um fenômeno espontâneo".
Os "questionamentos violentos a governos do campo progressista", dizia o texto, lembram casos de outros países, como Venezuela, Bolívia, Honduras, Paraguai e "mais recentemente o Brasil, onde houve um golpe parlamentar, jurídico e midiático". Em todos, ainda segundo a nota divulgada no dia 20, "foi visível a presença de interesses estranhos à maioria das populações destes países e características semelhantes da aplicação dos chamados 'golpes brandos'".
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