Uma nova forma de transporte nada convencional vem ganhando espaço nas calçadas e ruas dos Estados Unidos e da Europa, e a Uber quer levá-la para o resto do mundo: os patinetes elétricos.
A empresa fez uma parceria com a Lime, que aluga este tipo de meio de transporte, e vai investir US$ 335 milhões na companhia, como parte de uma rodada de financiamento, em um acordo liderado por um dos braços da Alphabet, a controladora da Google. Os aportes vão elevar a valorização da empresa para US$ 1,1 bilhão.
Os detalhes da parceria ainda estão sendo finalizados, mas já se sabe que o Uber quer promover o Lime em seu app e exibir seu logotipo nos patinetes, contaram à Bloomberg executivos das duas companhias. O Uber fez algo parecido com a start-up de aluguel de bicicletas elétricas Jump Bikes, antes de comprá-la.
Segundo a Lime, seu serviço está disponível em mais de 70 mercados dos EUA e da Europa. O funcionamento é simples: o consumidor aluga um dos patinetes espalhados pela cidade e depois o deixa na calçada para a próxima pessoa pegar.
A injeção de capital do Uber será usada para comprar dezenas de milhares de novos patinetes elétricos leves.
A parceria deve gerar muitas perguntas. A Uber apresentou documentação em São Francisco para iniciar um serviço próprio de patinetes. Há ainda o risco de formas mais baratas de transporte roubarem clientes do principal serviço da companhia: o transporte de passageiros em carros.
Como companhia, nós nos inclinamos à autocanibalização ao longo da nossa história, disse Rachel Holt, ex-diretora da área de transporte de carro da Uber que agora lidera os esforços de aluguel de patinetes e biciletas e de parcerias com transportes públicos.
Ela lembra que a empresa ofereceu um serviço mais barato do que seu negócio original ao oferecer a opção de corrida compartilhada com outras pessoas que estão indo para destinos próximos.
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