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Manutenção de pontes hoje é mais fácil, pode ser feita até com drones

Manutenção de pontes hoje é mais fácil, pode ser feita até com drones

Há medições feitas com e sem tráfego e que antecipam possíveis deformações da estrutura causada pela passagem de veículos

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 11:06

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Uma grande porção da ponte Morandi, que passa pela rodovia A10, em Gênova, na Itália, desabou nesta terça-feira (14). (Luca Zennaro | Associated Press | Estadão Conteúdo)

A tragédia ocorrida nesta terça-feira em Gênova mostra a dificuldade dos governos em fazer sua lição de casa. Mais do que construir novas instalações, é preciso centrar forças na manutenção do que já existe, o que dificilmente é uma prioridade administrativa.

Na França, os drones são responsáveis por um dos viadutos mais bem conservados do mundo, também um dos mais altos, o Millau. A estrutura estaiada projetada pelo renomado arquiteto inglês Norman Foster fica a 343 metros do solo e segue em perfeito estado desde 2001 (foi aberto ao tráfego em 2004) sem que os trabalhadores ou os cidadãos que passam por ali sejam submetido a riscos.

O projeto foi desenvolvido para ter uma vida útil de 120 anos sem que sejam feitos grandes reparos. Para isso, foram instalados sensores e programada uma grande inspeção anual. Todos os dados coletados alimentam uma base dinâmica que, ao longo do tempo, foi estabelecendo os parâmetros de funcionamento da estrutura.

Um trecho de aproximadamente 200 metros da Ponte Morandi, que passa pela rodovia A10, em Gênova, na Itália, desabou nesta terça-feira (14). (Matteo Pucciarelli | Associated Press | Estadão Conteúdo)

Há medições feitas com e sem tráfego e que antecipam possíveis deformações da estrutura causada pela passagem de veículos (incluindo os caminhões), pelo impacto do vento e por eventuais deslizamentos de terra.

 

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A temperatura ambiente, a do asfalto e a umidade da plataforma de aço são acompanhadas em tempo real por uma base de controle a seis quilômetros do viaduto. Qualquer variação que ultrapasse os limites estabelecidos pela equipe técnica faz disparar um alerta geral. Criar rotinas e procedimentos para manutenção preventiva, como mostra o exemplo francês, é algo cada vez mais fácil, rápido e acessível.

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