Os militares da China ampliaram suas operações de bombardeiros nos últimos anos porque provavelmente estão treinando para atacar os EUA e seus aliados, informou um relatório do Pentágono divulgado na quinta-feira, 16.
A avaliação, que coincide com um acirramento nas tensões entre Washington e Pequim no setor comercial, consta em um relatório anual que ressaltou os esforços chineses para aumentar sua influência global, entre eles gastos com defesa que o Pentágono estima terem superado US$ 190 bilhões em 2017.
Ao longo dos últimos três anos o Exército Popular de Libertação da China (EPL) expandiu rapidamente suas áreas de operações de bombardeiros sobre as águas, ganhando experiência em regiões marítimas críticas e provavelmente treinando para ataques contra alvos dos EUA e aliados, diz o texto.
O relatório surge no momento em que China e EUA planejam reuniões comerciais, criando a esperança de que consigam resolver um conflito de tarifas crescente que ameaça culminar em uma guerra comercial propriamente dita.
Segundo o relatório, embora o EPL tenha continuado a expandir suas operações, não ficou claro que mensagem Pequim está tentando enviar ao realizar os voos além de uma demonstração de habilidades aperfeiçoadas.
O relatório do Pentágono afirma ainda que, apesar da projeção de retração no crescimento econômico, o orçamento de defesa oficial da China será de mais de US$ 240 bilhões em 2018. A embaixada chinesa em Washington ainda não comentou o caso.
EXERCÍCIOS
Neste ano, a Força Aérea chinesa pousou bombardeiros em ilhas e recifes do Mar do Sul da China como parte de um exercício de treinamento na região disputada. Em janeiro, o Pentágono fez da contraposição a Pequim, além da Rússia, um dos pilares de sua estratégia de defesa.
Embora Washington e Pequim mantenham um relacionamento entre seus militares para conter as tensões, ele foi posto à prova nos últimos meses, especialmente em maio, quando o Pentágono cancelou um convite para a China participar de um exercício naval multinacional.
Em junho, o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, se tornou o primeiro chefe do Pentágono a visitar a China desde 2014.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta