Uma escola de arte francesa admitiu que uma foto de divulgação em seu site voltado a estudantes norte-americanos foi manipulada para inserir pessoas negras em meio ao grupo de brancos. Imagens de três pessoas negras substituíram rostos de alunos, enquanto outros tiveram apenas seu próprio rosto escurecido. A instituição pediu desculpas em um comunicado, mas disse que as alterações foram feitas por uma agência de comunicação dos Estados Unidos que não a consultou sobre a ação.
Alunos e ex-alunos da École Émile Cohl, em Lyon, criticaram nas redes sociais as modificações feitas na imagem, que na versão original não continha nenhum aluno negro. Outros internautas apoiaram as críticas, enfatizando a falta de diversidade.
Após a repercussão negativa, a escola ordenou imediatamente que a foto fosse retirada do site e ainda enviou cartas de desculpas aos alunos e seus pais.
No comunicado, a escola afirmou que planeja abrir uma filial nos Estados Unidos. Por isso, contratou uma agência de comunicação americana para fazer a divulgação da instituição.
"Enviamos um certo número de documentos para uma agência de comunicação americana para destacar nossa faculdade", disse o diretor Antoine Rivière à revista "L'Express".
Segundo Rivière, o que aconteceu "é o oposto do que a Émile Cohl representa".
"Alertados pelos alunos, fizemos nossos preparativos ao remover este documento adulterado sem nossa autorização. Nós quebramos o contrato do provedor do site e pedimos desculpas às pessoas envolvidas, porque nem é preciso dizer que desaprovamos esse processo", disse a escola em um comunicado. "Para os alunos, suas famílias, ex-alunos, parceiros que conhecem a escola e suas práticas, reafirmamos que não precisamos manipular imagens para demonstrar nossa abertura ao mundo como ele é".
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