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Governo britânico responsabiliza Putin por ataque a ex-espião russo

Governo britânico responsabiliza Putin por ataque a ex-espião russo

Secretário de Estado de Segurança do Reino Unido diz que presidente é responsável em última instância pelo ocorrido

Publicado em 6 de setembro de 2018 às 10:42

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O secretário de Estado de Segurança do Reino Unido, Ben Wallace, responsabilizou nesta quinta-feira, 6, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pelo ataque com o agente neurotóxico Novichok contra um ex-espião russo.

Em entrevista à BBC Radio 4, ele disse que Putin é responsável "em última instância", já que "é o presidente da Federação Russa e seu governo controla, financia e dirige a inteligência militar - o GRU - por meio de seu ministro da Defesa". "Eu não acredito que ninguém possa dizer que Putin não controla o Estado", ressaltou Wallace, acrescentando que o mandatário "está rodeado" de agentes do GRU.

O político insistiu que o serviço secreto russo não atua por sua conta, mas "está dirigido e vinculado" às Forças Armadas e ao Ministério da Defesa do país e, em consequência, "ao Kremlin e ao gabinete do presidente".

Wallace garantiu que o Reino Unido usará "todos os seus efetivos" para "confrontar as atividades malévolas russas" e destacou que isso já está sendo feito, mas "à maneira britânica", "dentro da lei e de forma sofisticada".

SUSPEITOS

O Reino Unido identificou na quarta-feira os supostos autores do ataque com Novichok contra Serguei Skripal, ex-agente do GRU, e sua filha Yulia no início de março em Salisbury, sudoeste do Reino Unido, como dois agentes do GRU. Os Skripal foram contaminados ao tocar a maçaneta da porta de sua residência e passaram várias semanas hospitalizados.

No fim de junho, o casal britânico Charlie Rowley e Dawn Sturgess se intoxicaram acidentalmente na cidade vizinha de Amesbury com a mesma substância, que estava dentro de um frasco de perfume encontrado em um contêiner. Dawn não resistiu e morreu dias depois.

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A Rússia rejeitou as acusações de quarta-feira de Londres e lembrou que não é o único país que tem as "capacidades técnicas", "experiência" e "razões" para o uso do agente neurotóxico.

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