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Indígenas preveem ganhos com comercialização de maconha no Canadá

Indígenas preveem ganhos com comercialização de maconha no Canadá

Em 2017, canadenses gastaram mais de US$ 5 bilhões em cannabis

Publicado em 17 de outubro de 2018 às 20:10

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O Canadá tornou-se o primeiro país industrializado a legalizar a maconha recreativa nesta quarta-feira (17). (Reprodução/Pixabay)

Em luta por sobrevivência e visando um crescimento econômico, as comunidades indígenas canadenses passaram a contar com um improvável aliado: a cannabis. O Canadá tornou-se o primeiro país industrializado a legalizar a maconha recreativa nesta quarta-feira (17) enquanto a população indígena vive elevados índices de pobreza. A comercialização da maconha pode se tornar uma valiosa fonte de renda para os nativos. 

Empreendedores indígenas já vendem maconha há anos, mas acreditam que a legalização pode permitir que eles construam negócios completamente legais e que explorem um mercado que abrange todo o país. Com isso, a luta pela auto-governança das comunidades poderia ganhar mais força.

"A produção e distribuição de cannabis é o nosso direito indígena. É sobre autodeterminação", afirma Samantha McGuire, gerente da loja de maconha do Dispensário Orgânico Verde em Tyendinaga, uma comunidade indígena a cerca de 250 km a nordeste de Toronto.

Tyendinada tem mais de 30 lojas de maconha embora tenha menos de 5 mil habitantes. O comércio, dizem as empresas locais, é lucrativo. Os canadenses gastaram mais de US$ 5 bilhões em cannabis no ano passado, quando ainda era ilegal, de acordo com estimativas do governo.

A discussão é o que acontecerá com as lojas de comunidades indígenas que estão em vigor. Os governos provinciais do Canadá, e não as autoridades nacionais, têm a tarefa de decidir quem pode vender cannabis e em que condições.

Em Ontário, a província mais populosa do país e onde Tyendinaga está localizada, a maconha recreativa atualmente só pode ser vendida através de um portal online de propriedade do governo.

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O governo provincial pretende permitir que estabelecimentos privados vendam cannabis até 2019.

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