> >
Chile aprova lei que endurece punições em caso de violência escolar

Chile aprova lei que endurece punições em caso de violência escolar

Grupos de estudantes consideram que medida é repressiva contra alunos

Publicado em 13 de novembro de 2018 às 15:25

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Estudantes protestam contra lei chamada de "Aula Segura", que facilita punições contra violência nas escolas: alunos consideram que medida é repressiva. (Reprodução/Twitter)

O Congresso chileno aprovou na segunda-feira uma lei que agiliza o processo de expulsão de alunos suspeitos de violência em instituições de ensino, uma medida considerada repressiva pelos grêmios estudantis. O projeto sobre convivência escolar, chamado de "Aula Segura", surgiu como resposta a fatos pontuais de violência que tiveram seu ponto mais alto em outubro, quando um grupo de jovens entrou em confronto com a polícia — o episódio teve bombas lançadas no interior do Instituto Nacional, uma das instituições de ensino mais famosas de Santiago.

A lei que "fortalece as decisões dos diretores de estabelecimentos quanto a expulsões e cancelamento de matrícula nos casos de violência, foi sancionada pela Câmara dos Deputados com 107 votos a favor, 26 contra e 13 abstenções. O documento já havia sido aprovado pelo Senado e agora passa para a Presidência, para sua promulgação.

Em um Congresso sem maioria absoluta, parte da oposição votou com a centro-direita (atualmente no governo) para aprovar a medida, que sofreu modificações no texto. Com as mudanças, as expulsões por via rápida se limitam a casos que impliquem porte de armas, agressões sexuais, lesões e danos aos centros educativos.

A ministra da Educação chilena, Marcela Cubillos, considerou que a iniciativa "dá aos diretores as ferramentas para proteger" os alunos.

Este vídeo pode te interessar

Fazendo frente à medida, a Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundários (ACES) considera que o governo do presidente Sebastián Piñera instalou uma "campanha de terror" contra os estudantes, pedindo que a norma seja "desobedecida" e que as pessoas se mobilizem contra ela.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais