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Democrata é eleita no Arizona e quebra tradição republicana no estado

Democrata é eleita no Arizona e quebra tradição republicana no estado

Partido não tinha maioria na delegação estadual desde os anos 1960; eleitores moderanos e latinos pesaram na decisão

Publicado em 13 de novembro de 2018 às 13:39

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Congresso Americano. (Fotos Públicas)

Uma semana depois das eleições legislativas americanas, a democrata Kyrsten Sinema foi declarada vencedora na disputa por uma cadeira do Senado pelo estado do Arizona. A oponente republicana Martha McSally reconheceu a derrota, em uma das corridas mais apertadas das chamadas eleições de meio de mandato presidencial, quando estavam em jogo as 435 cadeiras da Câmara dos Deputados e 35 das 100 do Senado. A vitória marca uma mudança no balanço de poder no estado, antigo bastião republicano que escolheu Donald Trump para presidente em 2016.

A ex-assistente social bateu a ex-pilota da Força Aérea americana no primeiro triunfo democrata desde 1976 em uma disputa pelo Senado no estado. Sinema ocupará a cadeira do republicano Jeff Flake, que deixou o cargo depois de repetidos embates com o presidente e correligionário Donald Trump. No cômputo geral das eleições, os democratas têm agora 47 assentos garantidos no Senado, superados pelas 51 vagas certas de republicanos.

Duas cadeiras do Senado em disputa ainda estão indefinidas: na Flórida, onde os votos serão recontados por causa do resultado apertado, e em Mississippi, que terá nova votação em dezembro. No resultado geral das eleições, o partido de Trump ampliou o domínio no Senado, mas perdeu a maioria na Câmara dos Deputados.

A disputa entre Kyrsten Sinema e Martha McSally ficou em aberto até a noite desta segunda-feira, quase uma semana depois da eleição, enquanto os votos antecipados e os enviados pelo correio eram contabilizados. A democrata começou atrás na apuração, mas assumiu a dianteira com margem crescente.

Em comunicado publicado no Facebook, nesta segunda-feira, a senadora eleita prometeu trabalhar no governo para encontrar pontos em comum de atuação entre os partidos.

"Esta mesma abordagem eu levarei para representar nosso grande estado no Senado, no qual serei uma voz independente para todos os residentes do Arizona", escreveu ela.

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Durante a campanha, a democrata acenou para o eleitorado se aproveitou da insatisfação com cortes orçamentários e do desconforto com a retórica anti-imigração de Trump. O partido trabalhou para registrar no pleito eleitores latinos, que tendem a apoiá-los se vão às urnas. Cerca de 2,1 milhões de latinos vivem no Arizona.

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