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Democratas levam a Câmara, e Senado fica com os republicanos

Democratas levam a Câmara, e Senado fica com os republicanos

Resultados, projetados pela imprensa, indicam que Trump terá obstáculos a sua agenda no restante de seu mandato

Publicado em 7 de novembro de 2018 às 10:24

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O presidente dos Estados Unidos Donald Trump. (Gage Skidmore | Flickr)

Os democratas conseguiram reconquistar a maioria da Câmara dos Representantes, e o governo de Donald Trump terá, pela primeira vez, um contrapeso real a seu governo. Mas Trump também teve boas notícias: manteve o controle do Senado para os republicanos e venceu nos Estados mais disputados. Os resultados também indicavam um aumento da participação feminina no Congresso, que ficará mais jovem. Haverá também maior diversidade no Legislativo americano após esta eleição.

Com a vitória democrata na Câmara dos Representantes, projetada por todas as redes de TV e principais meios americanos, ficará muito mais difícil para o republicano aprovar o Orçamento - e fazer sair do papel o muro na fronteira com México - e ele poderá sofrer mais investigações nos últimos dois anos de seu atual mandato.

E Trump poderá culpar os democratas por eventuais impasses em seu governo. Por outro lado, os republicanos mantiveram a maioria do Senado e terão ainda mais facilidade para aprovar, por exemplo, eventuais novos membros para a Suprema Corte.

TRUMP: "TREMENDO SUCESSO"

Nancy Pelosi, líder dos democratas na Câmara dos Representantes, comemorou a vitória de seu partido.

"Amanhã (hoje) começa um novo dia nos Estados Unidos", disse ela em seu discurso. "Conseguimos eleger um Congresso muito mais diverso e estamos restaurando o sistema de pesos e contrapesos no governo dos Estados Unidos."

Embora os números oficiais ainda não sejam conhecidos por causa da votação em Estados como Alasca e Havaí, as projeções indicavam que, seguramente, os democratas terão mais de 218 dos 435 assentos da Câmara. Alguns meios dizem que os deputados teriam conquistado 35 distritos que, até então, eram dos republicanos. Era necessário virar 23 assentos para reconquistar a Casa. Por outro lado, os republicanos terão mais de 50 dos cem postos do Senado e, provavelmente, ampliariam a maioria que já tinham.

Além disso, os republicanos venceram alguns dos governos estaduais mais importantes, como a Flórida, por uma margem apertada que pode gerar uma recontagem, e Ohio. Ambos os Estados são considerados fundamentais nas disputas presidenciais, e um governador bem avaliado pode ser um importante cabo eleitoral. Em ambos os Estados, Trump venceu em 2016.

Pelo Twitter, o presidente foi mais comedido em sua comemoração:

"Tremendo sucesso esta noite. Obrigado a todos!", disse, na noite desta terça-feira (06).

Os democratas, contudo, conquistaram os governos de Michigan, Illinois, Wisconsin e Kansas, que até então estavam em mãos republicanas.

Nas disputas para o Senado, grandes nomes do Partido Democrata conseguiram a reeleição nos Estados da Costa Leste. Elizabeth Warren (Massachusetts), Sheldon Whitehouse (Rhode Island), Chris Murphy (Connecticut), Bob Casey (Pensilvânia), Bob Menendez (Nova Jersey), Kirsten Gillibrand (Nova York), Joe Manchin (Virgínia Ocidental), Tom Carper (Delawere), Tim Kaine (Virgínia) e Ben Cardin (Maryland) conquistaram novos mandatos no Senado.

Também foram reeleitos os democratas Martin Heinrich (Novo México), Amy Klobuchar (Minnesota), Debbie Stabenow (Michigan), Tammy Baldwin (Wisconsin), Dianne Feinstein (Califórnia), Maria Cantwell (Washington), Mazie Hirono (Havaí) e Sherrod Brown (Ohio). Tina Smith venceu a eleição especial em Minnesota, e completará o mandato do ex-senador democrata Al Franken.

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Bernie Sanders, que disputou as primárias na campanha presidencial democrata de 2016, foi reeleito como candidato independente em Vermont.

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