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EUA: A simplicidade de um comício final da campanha ao governo

EUA: A simplicidade de um comício final da campanha ao governo

O republicano Adam Laxalt concorre ao governo e convidou os eleitores para uma mensagem final, na noite de segunda-feira (05)

Publicado em 7 de novembro de 2018 às 00:01

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De Las Vegas, Nevada

Doze cadeiras posicionadas para os convidados mais seletos ou idosos, frutas, água e biscoitos à disposição dos famintos e foco total no que os anfitriões têm a dizer. Parece uma confraternização de empresa, mas é o comício final da campanha de um candidato ao governo de Nevada, Estado que tem Las Vegas como sua maior cidade.

O republicano Adam Laxalt, de 40 anos, concorre ao governo e convidou os eleitores para uma mensagem final, na noite de segunda-feira (05), na sala que serve de "QG" dos voluntários da campanha. (Vinícius Valfré)

O republicano Adam Laxalt, de 40 anos, concorre ao governo e convidou os eleitores para uma mensagem final, na noite de segunda-feira (05), na sala que serve de "QG" dos voluntários da campanha. O candidato é ex-militar da Marinha dos Estados Unidos e atual procurador-geral do Estado.

Há jovens entre as poucas dezenas de presentes, mas seguramente senhores e senhoras acima dos 40 são maioria. Alguns levam o boné vermelho de Donald Trump com o slogan da campanha do republicano, de 2016: "Fazer a América Grande de Novo".

Sem barulho, sem gritaria, sem escola de samba, sem bandeiraços orquestrados para as propagandas de TV. Os candidatos se revezam ao microfone e passam uma mensagem curta e objetiva.

O republicano Adam Laxalt, de 40 anos, concorre ao governo e convidou os eleitores para uma mensagem final, na noite de segunda-feira (05), na sala que serve de "QG" dos voluntários da campanha. (Vinícius Valfré)

O evento tem horário para começar e para terminar: das 17 horas às 18h30. Quinze minutos antes, tudo já está sendo desmontado, mas a bandeira do país e do Estado continuam na parede.

Não bastasse a antecipação, o discurso da estrela da noite acontece no início do comício. Ou seja, um repórter brasileiro desavisado certamente perderia o ponto principal da noite - como perdi. No Brasil, geralmente, toda a sorte de aliados discursa antes do dono da festa e os trechos iniciais dos comícios costumam ser dispensáveis.

Conforme informação recuperada junto aos assessores da campanha, o discurso de Laxalt girou em torno de dois grandes assuntos: a necessidade de melhorar o nível das escolas de Nevada e não deixar o Estado virar uma Califórnia.

A Califórnia é considerado um Estado "azul", a cor dos democratas. Vizinho de Nevada, é considerado pelos republicanos liberal demais, desorganizado demais e desigual demais.

DISPUTA ACIRRADA

Adam Laxalt faz acirrada disputa com o democrata Steve Sisolak. O candidato a deputado federal no 3° distrito de Nevada Danny Tarkanian é aliado de Laxalt e esteve no comício.

Diz ser honesto, enquanto a adversária é uma mentirosa. Tarkanian está numa dura corrida contra Susie Lee. Mas por que decidiu ser candidato?, pergunto.

"Porque eu senti que o presidente Donald Trump precisa de apoiadores em Washington para o que ele acredita e para as políticas que pretende implementar. Eu vou votar alinhado com ele. Minha oponente não", afirmou.

Tarkanian recebe o apoio direto de Trump, que o descreve como "grande amigo" e apoiador de seus projetos.

Os americanos vão eleger todos os 435 deputados federais, 35 dos 100 senadores e 36 governadores de 50 Estados.

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* O repórter viajou a convite do governo dos Estados Unidos

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