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Sem provas, Trump alerta para fraudes em eleições

Sem provas, Trump alerta para fraudes em eleições

Em mensagem no Twitter, presidente repete acusações de 2016, para as quais nunca foram apresentadas evidências

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 19:31

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos . (Gage Skidmore | Flickr)

Sem apresentar provas, o presidente Donald Trump alertou na noite desta segunda-feira (06) para a possibilidade de fraudes nas eleições legislativas nos Estados Unidos. Ele foi seguido pelo procurador-geral do país, Jeff Sessions. A denúncia do chefe da Casa Branca repete estratégia das eleições de 2016, quando ele denunciou ilegalidades no sistema eleitoral americano, mas nunca apresentou evidências e desistiu de investigar o caso. Especialistas criticaram estas denúncias como "vazias".

Em uma mensagem no Twitter, Trump ameaçou quem estiver violando as regras das eleições:

"O sistema legal foi fortemente orientado a vigiar de perto qualquer VOTAÇÃO ILEGAL que possa ocorrer nas eleições de terça-feira (ou votação antecipada). Qualquer pessoa pega estará sujeita às penalidades criminais máximas permitidas por lei. Obrigado!", escreveu o presidente.

Ao chegar a um comício em Cleveland (Ohio), Trump acusou imigrantes ilegais de votarem nos EUA. Para participar das eleições, é necessário ter cidadania americana.

"Basta dar uma olhada. Tudo o que você precisa fazer é dar uma olhada no que aconteceu ao longo dos anos e verá. Há muitas pessoas, muitas pessoas, na minha opinião, e baseadas em provas, que tentam entrar ilegalmente e na verdade votam ilegalmente. Então, só queremos que eles saibam que haverá processos", disse o republicano.

Em nota, o Departamento de Justiça repetiu as alegações do presidente.

"A fraude no processo de votação não será tolerada. A fraude também corrompe a integridade da votação secreta", destacou o órgão, sem apresentar provas.

Especialistas ouvidos pela imprensa americana criticaram a postura de Trump, que gera dúvidas em um sistema que é a base da democracia. Para Kristen Clarke, presidente do Comitê dos Advogados pelos Direitos Civis Sob a Lei, Trump foi "incrivelmente antipatriota" nas declarações.

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"No momento em que precisamos que a Casa Branca e o Departamento de Justiça se manifestem contra a implacável campanha de supressão de eleitores (estados republicanos estão sendo acusados de dificultar o voto de negros e pobres, fechando locais de votação) neste ciclo eleitoral, isso desafia a razão", disse ela ao "Washington Post".

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