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Papa defende educação sexual sem 'colonização ideológica' nas escolas

Papa defende educação sexual sem 'colonização ideológica' nas escolas

O pontífice fez essa declaração após sua participação na Jornada Mundial da Juventude,

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 23:44

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Papa Francisco . (Reprodução/Instagram)

É preciso dar aula de educação sexual nas escolas, mas uma que seja livre de "colonização ideológica", disse nesta segunda-feira (28) papa Francisco.

"Você precisa de uma educação sexual objetiva, sem colonização ideológica. Se você começar a dar educação sexual repleta de colonização ideológica, você destrói a pessoa."

O pontífice deu a declaração a jornalistas a bordo do avião que o levou de volta ao Vaticano, encerrando sua participação na Jornada Mundial da Juventude, neste ano realizada no Panamá.


"Sexo é um dom de Deus, e não um monstro", disse o papa. A sentença vem sendo celebrada por setores conservadores do Brasil, adeptos da teoria da ideologia de gênero, que julgam ser uma criação da esquerda para implodir o binômio macho-fêmea na sociedade.

Em 2016, o papa já havia dito que a teoria de gênero é um "grande inimigo" do casamento tradicional e da família, uma "guerra global" que teria como meta, "não com armas, mas com ideias", propagar a "colonização ideológica".

A expressão já foi empregada pelo argentino em mais de uma ocasião. Para Francisco, seria uma tática aplicada por países do primeiro mundo para oprimir outras nações.

Há três anos, o pontífice relatou um encontro com um pai francês que tinha um filho que queria ser menina após ler sobre essa possibilidade num livro. "Isso é contra a natureza", afirmou o papa. "Uma coisa é alguém ter essa tendência... E outra é ensinar isso na escola."

Apesar de ainda precisar percorrer várias etapas para se tornar lei, as discussões sobre o Escola sem Partido, em análise pelas comissões especiais da Câmara dos Deputados, devem avançar em 2019.

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A proposta, que é uma das principais bandeiras do presidente eleito Jair Bolsonaro, divide opiniões. Se por um lado há quem a defenda, por entender que há temas que não devem ser tratados em sala de aula, para críticos trata-se de um mecanismo de censura e intimidação.

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