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Trump insiste em discurso à nação no Congresso; democrata rejeita

Trump insiste em discurso à nação no Congresso; democrata rejeita

Na semana passada, Pelosi afirmou que, por causa do apagão parcial, agora em seu 33º dia, a segurança do Capitólio durante o discurso de Trump poderia ficar comprometida

Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 23:25

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Trump insiste em manter discurso à nação no Congresso, mas líder democrata rejeita. (Gage Skidmore | Flickr)

O presidente Donald Trump insistiu nesta quarta-feira (23) em manter o discurso anual que faz à nação no Congresso no próximo dia 29, enquanto a presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, disse que não vai dar os passos congressuais para que isso aconteça, por causa da paralisação do governo.

Na semana passada, Pelosi afirmou que, por causa do apagão parcial, agora em seu 33º dia, a segurança do Capitólio durante o discurso de Trump poderia ficar comprometida. O presidente e os democratas estão em um impasse sobre o financiamento ao muro que o republicano quer erguer na fronteira com o México.

Em carta divulgada nesta quarta, o presidente disse que queria fazer o discurso do Estado da União como planejado e afirmou que as preocupações de Pelosi com sua segurança eram infundadas.

"Eu estarei honrando seu convite, e cumprindo meu dever constitucional, para levar informação importante à população e ao Congresso dos Estados Unidos da América sobre o Estado da nossa União", afirmou o presidente na carta. Ele afirmou que o discurso ocorreria no dia 29 no Congresso.

O presidente afirmou ainda que seria muito triste para o país se o pronunciamento não fosse feito no dia marcado, "e muito importantemente, no local!", escreveu.

Pouco depois, Pelosi respondeu. "Porque o governo está fechado, e eu disse claramente desde o começo, quando escrevi a ele [Trump] pela segunda vez para dizer desde que o governo está fechado - nós não vamos [ter o pronunciamento]", disse. Ela sugeriu que os dois lados trabalhem juntos para chegar a uma nova data para que o presidente possa fazer o discurso.

"O governo ainda está fechado. Eu ainda faço a oferta para uma data pactuada mutualmente, como a data original foi, mutualmente pactuada, para que possamos recebê-lo apropriadamente."

Na Casa Branca, Trump rebateu e afirmou não estar surpreso. "É realmente uma vergonha o que está acontecendo com os democratas. Eles se tornaram radicais."

É prerrogativa de Pelosi, como presidente da Câmara, convidar o presidente para fazer o pronunciamento anual. A Casa e o Senado precisariam aprovar resoluções convocando uma sessão conjunta do Congresso para que possa haver a participação do presidente.

A presidente da Câmara convidou Trump a fazer o discurso em uma carta enviada em 3 de janeiro. Mas, no dia 16, ela advertiu sobre as preocupações com segurança sobre a ida do presidente ao Capitólio por causa da paralisação do governo.

No pronunciamento, Trump deve falar sobre a importância do muro e incluir outros tópicos, como economia e política externa.

O impasse com democratas ocorre porque Trump se recusa a assinar quaisquer medidas para financiar o governo que não contemple verba para o muro no México. Os democratas rejeitam aprovar qualquer lei que tenha essa provisão.

Durante a campanha eleitoral de 2016, o presidente prometeu que o México pagaria pelo muro. Desde que assumiu o cargo, porém, insistiu que o projeto fosse financiado com dinheiro de contribuintes americanos.

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Trump chegou a ameaçar declarar emergência nacional para construir o muro, mas recuou recentemente.

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