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Jornalista alemão preso na Venezuela inicia greve de fome

Jornalista alemão preso na Venezuela inicia greve de fome

Billy Six está preso por gravar depoimentos em vídeo de pessoas reclamando da carestia de alimentos e medicamentos no país durante a ditadura de Nicolás Maduro

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 20:19

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Billy Six, jornalista alemão preso na Venezuela. (Reprodução | Facebook)

O jornalista alemão conhecido como Billy Six, preso há 80 dias na Venezuela, começou na última quarta-feira (06) uma greve de fome.

Preso por gravar depoimentos em vídeo de pessoas reclamando da carestia de alimentos e medicamentos no país durante a ditadura de Nicolás Maduro, desde então Billy Six está no famoso Helicoide, uma construção vanguardista transformada em cárcere para presos políticos.

Billy Six foi preso pelo Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) no dia 17 de novembro de 2018. Foi acusado diante de um Tribunal Militar de "rebelião e espionagem" e por "fotografar muito de perto" ao ditador. A condenação que recebeu foi de 28 anos de prisão.

Desde então, a ONG Espaço Público e as autoridades diplomáticas alemãs vêm pedindo sua liberação. Um outro detido na mesma prisão, depois de liberado, disse que Billy Six tinha pego dengue e que lhe havia sido negado o acesso a atendimento médico. Six entrou de modo clandestino no país, atravessando a fronteira colombiana num ponto sem vigilância.

O jornalista tem uma carreira longa em cobertura em países em guerra ou em condições de excepcionalidade política. Já fez reportagens e documentários semelhantes na Líbia, na Ucrânia, no Líbano e na Síria. Em dezembro de 2012, foi preso pelos militares, e liberado em março de 2013.

As autoridades alemãs e a família do jornalista reclamam não ter tido acesso a Billy Six nem por telefone nem ao vivo e não conhecem as reais condições em que se encontram.

Alguns dos vídeos e pequenos documentários que Billy Six realizou puderam ser transmitidos e veiculados pelos meios alemães Junge Freiheit e Die Deutschen Konservativen.

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Nas últimas semanas, o regime vem se posicionando de forma muito agressiva com relação a meios internacionais, tendo deportado do país 11 profissionais, um deles, brasileiro.

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