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Morre no Brasil indígena venezuelano ferido em conflito na fronteira

Morre no Brasil indígena venezuelano ferido em conflito na fronteira

Kliver Alfredo Pérez Rivero, de 24 anos, estava internado em Boa Vista depois de ser ferido com arma de fogo em confronto entre indígenas pemón da comunidade umaracapay e a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) na sexta-feira

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 11:57

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Ambulância que transportava pessoas feridas durante confrontos no sul da cidade venezuelana de Kumarakapay, perto da fronteira com o Brasil, é assistida por pessoas na fronteira entre a Venezuela e o Brasil, em Pacaraima. (Ricardo Moraes/Reuters/Direitos reservados)

Um indígena venezuelano, ferido com arma de fogo em um violento confronto com a Guarda Nacional Boliviariana (GNB) perto da fronteira, na sexta-feira, morreu na noite desta quarta (27), no Brasil, informaram autoridades locais.

Kliver Alfredo Pérez Rivero, de 24 anos, indígena pemón da comunidade Kumaracapay, no sul da Venezuela, estava desde a sexta na unidade de cuidados intensivos do Hospital Geral de Roraima após ficar gravemente ferido no incidente violento.

Segundo o comunicado da Secretaria Estadual de Saúde de Roraima, divulgado na noite de quarta, Pérez Rivero foi o primeiro ferido nos conflitos na Venezuela a morrer depois de receber atendimento no Estado, situado na fronteira com a Venezuela.

Ele "teve lesão no tórax provocada por arma de fogo e no abdômen, com múltiplas lesões no fígado e no intestino. A causa da morte foi falência de múltiplos órgãos", especificou a nota.

Alfredo Pérez, de 48 anos, e Geber Pérez Rivero, de 21 anos, respectivamente pai e irmão da vítima, também estão internados no mesmo hospital, após terem sido feridos no incidente.

"Estamos muito mal, entre a cruz e a espada", disse por telefone, com a voz embargada, Antonio Vera, tio de Rivero, que se encontra na comunidade Kumaracapay, situada em San Francisco de Yuruaní - onde ocorreu o ataque -, a 83 km da fronteira.

A localidade é conhecida por ser o ponto de partida da excursão ao mítico monte Roraima. Muitos dos membros da comunidade são guias na caminhada, mundialmente famosa.

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Os indígenas responsabilizam a GNB por tê-los atacado na sexta-feira, em um incidente que deixou dezenas de feridos, dos quais 22 foram levados de ambulância para ser socorridos no Brasil.

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