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Motorista sequestra e ateia fogo em ônibus com crianças na Itália

Motorista sequestra e ateia fogo em ônibus com crianças na Itália

Todos os 51 alunos da escola de ensino médio Valiati di Crema, em Milão, escaparam ilesos

Publicado em 20 de março de 2019 às 18:18

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Os estudantes retornavam de uma excursão com três acompanhantes adultos quando o motorista mudou de direção e fez os passageiros reféns. (Reprodução | Internet)

Um ônibus escolar lotado de crianças foi sequestrado e incendiado pelo próprio motorista nesta quarta-feira (20), nos arredores de Milão,na Itália, em um aparente protesto contra os afogamentos de migrantes no Mediterrâneo, disseram autoridades italianas.

O suspeito, Ousseynou Sy, cidadão italiano de 47 anos de origem senegalesa, está sob custódia da polícia. Ele foi acusado de sequestro e de tentativa de massacre para fins de terrorismo. Todos os 51 alunos da escola de ensino médio Valiati di Crema escaparam ilesos.

Os estudantes retornavam de uma excursão com três acompanhantes adultos quando o motorista mudou de direção em San Donato Milanese, a 13 quilômetros de Milão, e fez os passageiros reféns.

"Ele gritou: 'Parem com as mortes no mar, eu vou fazer um massacre'", disse o porta-voz da polícia, Marco Palmieri. Uma garota não identificada disse que Sy culpou os vice-primeiros-ministros Matteo Salvini e Luigi Di Maio pelas mortes de migrantes africanos no mar.

Uma das crianças conseguiu ligar para seus pais, que então informaram a polícia. Os policiais chegaram a tempo e bloquearam o ônibus, quebrando as janelas traseiras para tirar os passageiros antes que as chamas se espalhassem.

Um vídeo postado no site do jornal italiano Corriere Della Sera mostra o motorista batendo o ônibus em carros em uma rodovia pouco antes do incêndio. Crianças saem correndo entre os carros na pista e gritam "ajuda!".

Algumas crianças e dois adultos foram levados ao hospital por leve intoxicação pela fumaça, mas ninguém sofreu ferimentos graves.

A polícia está investigando a casa do motorista. Ele já havia sido condenado por dirigir alcoolizado e por abuso sexual. "O Ministério do Interior trabalha para determinar se pode retirar a sua cidadania italiana", informaram fontes ministeriais.

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