O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta terça-feira (30) que é "positivo que haja um movimento de militares na Venezuela que reconheça a constitucionalidade de Juan Guaidó", o auto-proclamado presidente venezuelano.
"Precisamos ver a dimensão disso e o Brasil desde o começo apoia o processo de transição democrática", disse Araújo.
Na manhã desta terça, Guaidó e o preso político Leopoldo López, que estava em prisão domiciliar, foram até a base aérea de La Carlota, em Caracas, para anunciar o apoio de militares dissidentes na luta contra o regime do ditador Nicolás Maduro.
Ambos os oposicionistas deixaram a base aérea mais tarde, porque o lugar passou a ser alvo de bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Guarda Nacional, alinhada ao regime do ditador Nicolás Maduro. A oposição convocou manifestações contra o ditador.
Os chavistas, por sua vez, classificaram a ação de Guaidó e López como uma tentativa de "golpe de Estado".
Após se reunir com o ministro do Exterior da Alemanha, Heiko Maas, em Brasília, Araújo disse que o Brasil acompanha a situação "minuto a minuto". "A nossa posição continua sendo a de apoio pelo processo de transição liderado pelo Guaidó, com a expectativa de que todas as forças venezuelanas atendam ao chamado pela democracia", disse o chanceler brasileiro.
Depois de se reunir com o chefe da diplomacia alemã, Araújo também foi questionado se tinha conhecimento das intenções dos oposicionistas venezuelanos de libertarem Leopoldo López, uma vez que o chanceler teve uma agenda com autoridades norte-americanas nesta segunda-feira (29), em Washington.
"Não tínhamos conhecimento a respeito. O que surgiu [nas conversas nos EUA] foi a interpretação de que continua havendo uma perspectiva concreta de chegarmos a uma evolução", disse Araújo, citando a pressão diplomática e as sanções econômicas que foram adotadas contra o regime de Maduro.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta