> >
Justiça venezuelana ordena prisão de líder oposicionista

Justiça venezuelana ordena prisão de líder oposicionista

Para o Tribunal Supremo de Justiça, Leopoldo López violou as condições estabelecidas para que fizesse jus ao benefício; na terça-feira (30), o deputado venezuelano e autodeclarado presidente interino Juan Guaidó afirmou ter concedido "indulto presidencial" a ele

Publicado em 2 de maio de 2019 às 20:32

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Leopoldo López ao lado do autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó. (Lilian Tintori/Twitter)

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela revogou nesta quinta-feira (02) a sentença de prisão domiciliar proferida contra o líder oposicionista Leopoldo López, em fevereiro de 2014.

Para o 5° Tribunal de Execução Criminal de Caracas, López violou as condições estabelecidas para que fizesse jus ao benefício. Na terça-feira (30), o deputado venezuelano e autodeclarado presidente interino Juan Guaidó afirmou ter concedido “indulto presidencial” a López, que deixou sua residência e foi se encontrar com Guaidó, com quem fez uma rápida aparição em público e gravou um vídeo divulgado pelas redes sociais. Mais tarde, López esteve na Embaixada do Chile em Caracas, de onde seguiu para a Embaixada da Espanha, onde permanece desde então, junto com a esposa e a filha.

Para o tribunal, López não só descumpriu as condições da prisão domiciliar, como violou a proibição de fazer pronunciamentos políticos por quaisquer meios, nacionais ou internacionais, “demonstrando, assim, não se sujeitar às medidas” impostas em 2014.

A ordem de prisão foi expedida esta tarde e deve ser cumprida pelo Serviço Nacional de Inteligência Bolivariana. López deverá cumprir o que resta de sua pena de 13 anos de prisão – da qual já cumpriu cinco anos, dois meses e 12 dias – na prisão militar de Ramo Verde, na cidade de Los Teques, em Miranda.

INVASÃO

A esposa de López, Lilian Tintori, usou sua conta pessoal no Twitter para denunciar que a residência do casal foi invadida na noite desta quarta-feira (1º). “Ontem à noite, eles entraram em nossa casa como delinquentes, sem um mandado de busca e sem nós estarmos presentes”, escreveu Lilian. Em entrevista à imprensa venezuelana, a mulher de López afirmou que estava se referindo aos agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), órgão que a Justiça encarregou de prender o líder oposicionista.

Este vídeo pode te interessar

De acordo com Lilian, a casa foi destruída, e pertences da família desapareceram. “Não sabemos qual era a intenção. Já sabiam que nem Leopoldo, nem eu, nem meus filhos, estávamos presentes”, acrescentou ela, que, desde a terça-feira, está com a família na embaixada espanhola em Caracas, na condição de hóspede. “Arrumarei minha casa porque é o nosso lar, é onde vivem nossos filhos. Se tentavam nos amedrontar, seguiremos de pé, firmes, como todos os venezuelanos”, complementou Lilian, que esteve ontem em sua casa.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais