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Pesquisadores da Ufes explicam o legado da Apollo 11 para a tecnologia

Pesquisadores da Ufes explicam o legado da Apollo 11 para a tecnologia

Pesquisadores da Ufes explicam herança da corrida espacial

Publicado em 20 de julho de 2019 às 13:08

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Lançamento do foguete Saturno V para a missão Apollo 11. (Divulgação)

Sinal de televisão, celular, internet e GPS. São várias as ferramentas que hoje só existem por conta dos avanços tecnológicos promovidos pela corrida espacial, que levou o homem à Lua há 50 anos.

Sérgio Bisch e Júlio César Fabris acompanharam empolgados pela televisão, ainda quando crianças, em 1969, a aventura dos astronautas da missão Apollo 11. Os dois são professores pesquisadores do Departamento de Física da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) há 36 anos. Eles explicam que a chegada do homem à Lua teve como consequência, além do impacto simbólico e político, o desenvolvimento das tecnologias de satélites, dos telescópios, dos sistemas eletrônicos e de comunicação.

“Uma missão desse porte exige domínio da tecnologia necessária para manter satélites no espaço, de sistemas de eletrônica, comunicação e transmissão de imagens sofisticados”, explica o professor Fabris. Graças a isso, hoje temos a tecnologia que permite o uso dos satélites para a geolocalização (GPS) e para várias outras ferramentas do cotidiano, como o celular, a televisão e a internet.

Os satélites também são fundamentais para as pesquisas e a produção de conhecimento. A base da ciência é a coleta de dados. O professor Sérgio Bisch afirma que é possível realizar os mais variados estudos, inclusive na Ufes, com base nos dados coletados por aqueles que permanecem no ar.

A ciência não é apenas sinônimo de conhecimento e tecnologia: é sinônimo de dinheiro. “Os países que estão na dianteira da ciência estão também na dianteira econômica. Qualquer país que queira desempenhar um papel importante no cenário internacional precisa se destacar na ciência e tecnologia”, defende o professor Júlio Fabris.

FUTURO 

O sonho de se tornar astronauta é comum para muitas crianças, mas para Amanda Arnoni Nascimento, de 15 anos, essa brincadeira está virando coisa séria. Ela conta que sempre gostou de saber o nome das constelações que via e pesquisar sobre a existência ou não de vida fora da Terra. Desde os 12 anos, quando conheceu Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro, a adolescente resolveu que queria seguir essa profissão.

Seu maior objetivo? Participar das expedições para Marte em 2033. Para isso, Amanda pretende cursar Engenharia Aeroespacial. Atualmente, ela estuda três idiomas e entra em contato com a Nasa para tirar dúvidas. “Nas férias do ano que vem, vou me inscrever para participar do Space Camp, uma colônia de férias da Nasa que treina crianças de todo o mundo. Muitos do que já participaram, hoje são astronautas de verdade”, comenta.

PRÓXIMOS PASSOS: MULHER NA LUA E ESCALA ATÉ MARTE

Jim Bridenstine, diretor-administrativo da Nasa, anunciou em abril deste ano que os planos de exploração têm duas etapas principais: levar a primeira mulher à Lua até 2024 e estabelecer missões sustentáveis até 2028.

A Nasa quer estabelecer presença humana permanente na Lua na próxima década. A nave Gateway está em fase de projeto e deverá orbitar o satélite natural. Ela será um “escritório” para os astronautas, criando um lugar para fazer escala antes de chegar até Marte. A primeira parte da Gateway deverá ser lançada em 2022.

Uma missão americana com uma mulher só ocorreu em 1978, com Sally Ride; os russos foram os pioneiros e enviaram Valentina Tereshkova, em 1963. Desde então, o mundo já realizou 138 lançamentos, com 60 mulheres a bordo. Mas até hoje nenhuma pisou na Lua. Essa reparação histórica está prevista para acontecer até 2024, com a nova missão Artemis. O nome é uma homenagem à gêmea de Apollo, a deusa da Lua.

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