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Nove anos após tragédia em Linhares, família ainda aguarda indenização

Nove anos após tragédia em Linhares, família ainda aguarda indenização

De acordo com Wenna de Souza, filha da vítima, o processo passou por Linhares, Vitória, Rio de Janeiro e Brasília. No final do ano passado, chegou ao fim e não cabe mais recurso

Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 21:01

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Wenna de Souza, 26 anos, filha da manicure que morreu no desastre. (Samira Ferreira)

Há nove anos, a Ponte Presidente Vargas, em Linhares, Norte do Estado, desabou. Na ocasião, duas mulheres que caminhavam na via caíram no rio. Uma delas sobreviveu, pois segurou em um vão da ponte. Já a manicure Devanir Farias de Souza, na época com 43 anos, foi levada pela correnteza. Desde então, a família da vítima aguarda receber a indenização. O valor não foi divulgado.

De acordo com a filha da manicure, Wenna de Souza, 26 anos, o processo passou por Linhares, Vitória, Rio de Janeiro e Brasília. No final do ano passado, chegou ao fim e não cabe mais recurso. Agora falta cumprir o que foi determinado pela Justiça.

"Foi um processo difícil, com muitos recursos. Tanto o município quanto o Dnit recorreram muito. Só que agora no final de novembro de 2017, nós conseguimos, graças a Deus. Agora falta só a força de vontade de quererem pagar. Já foi dada a sentença e ganhamos todas as causas", explicou.

A família pede também que os destroços da ponte sejam retirados. "É uma lembrança que fica, todo mundo que passa sabe que uma vítima caiu aqui, sabe quem foi. Então, se tirassem, era uma dor a menos, uma coisa a menos para ser lembrada, mas falta recurso, segundo o município".

Wenna tinha 16 anos na época e recebeu a notícia quando seguia para o trabalho. "Eu estava indo trabalhar e um senhor me parou às 6h30 da manhã falando que uma das vítimas seria minha mãe. Inicialmente, a gente não acreditou. Então, procuramos por tudo e, realmente, era ela mesma. Foi muito chocante para a gente. A gente ainda não aceitou, mas a gente leva".

A ponte era usada por moradores para a prática de caminhada. Para Wenna, o acidente poderia ter sido evitado. "A ponte estava interditada para moto, carro, veículo, pedestre não. Tanto que na época foi feita uma academia próxima para o pessoal caminhar, fazer os exercícios. Então, não estava interditado em momento algum. Se tivessem feito essa interdição antes, talvez a minha mãe hoje estaria viva".

OUTRO LADO

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que não vai se pronunciar sobre o assunto porque trata-se de um processo particular que está sendo discutido na Justiça.

A Prefeitura de Linhares disse que ainda não foi notificada do fim do processo. Assim que chegar a decisão, a prefeitura garantiu que fará o pagamento por meio de precatório.

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Com informações da TV Gazeta Norte

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