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Vazamentos secam duas barragens em São Roque do Canaã

Vazamentos secam duas barragens em São Roque do Canaã

As barragens de Agrovila e de Alto Santa Júlia juntas custaram mais de R$ 2 milhões ao Estado, porém, deixaram preocupação para o município

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 00:44

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Barragem vazia em Agrovila, em São Roque do Canaã. (TV Gazeta)

Uma barragem que fica na comunidade de Agrovila, em São Roque do Canaã, na região Noroeste do Estado, estourou na semana passada e toda água que seria captada com as chuvas está vazando no local. Essa barragem tem capacidade para armazenar 45 milhões de litros de água, beneficiando mais de 150 produtores rurais da região se o reservatório estivesse cheio.

No começo do mês, fortes chuvas atingiram a região. A força da água abriu um buraco por baixo da represa e a enxurrada fez uma valeta na barragem, que foi construída pelo governo do Estado. Enquanto não houver reparo, a água que poderia ser armazenada continuará indo embora.

O produtor rural Delcio Milli está preocupado com a situação da barragem. (TV Gazeta)

O produtor rural Delcio Milli, que tem 80 pés de banana em Agrovila, poderia usar a água da barragem na sua propriedade e está preocupado com a situação.

“A gente fica preocupado com essa água que não está sendo estocada. Principalmente na hora do socorro que é o momento da seca onde a gente usaria essa água”, comentou.

MAIS PROBLEMAS

Essa não foi a única represa a apresentar problemas. Em Alto Santa Júlia, no mesmo município, uma barragem também encheu e depois esvaziou. A água saiu por uma fenda na lateral. Esta é a maior barragem da cidade, com capacidade de armazenar 130 milhões de litros de água.

As barragens de Agrovila e de Alto Santa Júlia juntas custaram mais de R$ 2 milhões ao Estado, porém, deixaram preocupação para o município.

Barragem vazia em Alto Santa Júlia, também em São Roque do Canaã. (TV Gazeta)

“O período de chuva está passando e como as duas barragens estão secas, nós podemos ter dificuldade no controle da vazão da água do rio. Pode faltar água para irrigação e também para a Cesan fazer captação já que o uso é múltiplo”, explicou o secretário de Agricultura, Genésio Barcelos.

Ainda de acordo com Barcelos, para enfrentar a estiagem, a cidade conta com as represas menores que foram construídas pela prefeitura. Ao todo, são 20 barragens de porte menor que dão suporte enquanto as represas maiores estão passando por reformas.

PROVIDÊNCIAS TOMADAS

O gerente de infraestrutura e obras rurais da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Winker Denner, explicou que o primeiro enchimento da barragem de Agrovila foi causado por conta das chuvas. Neste momento, segundo ele, o problema foi identificado. Ainda de acordo com Denner, essa obra ainda não foi entregue pelo Estado. Os reparos devem ficar prontos em até 60 dias.

“Estivemos visitando o local imediatamente. Os técnicos da secretaria, a empresa projetista e a empresa que executa a obra estiveram na barragem. Não temos uma previsão de quando a obra vai terminar, mas acreditamos que será finalizada dentro de 60 dias”, explicou.

Denner disse também que não há previsão de custo. “Ainda não temos uma previsão mesmo porque esse custo não é nosso. A obra ainda não foi entregue. Aconteceu um primeiro enchimento por conta das chuvas que vieram, essa obra ainda não foi entregue e por conta disso os reparos que tiverem que acontecer são por conta da empresa”, informou.

Ainda de acordo com Denner, as providências já foram tomadas e tudo que se refere à barragem está sujeito a algum tipo de surpresa. “O mais importante é que estamos operacionalmente consciente de que isso pode acontecer e todas as providências nós tomamos”, finalizou.

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(Com informações de Alessandro Bachetti, da TV Gazeta Noroeste)

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