O acusado de matar uma idosa durante assalto em Colatina, na região Noroeste do Espírito Santo, era vizinho da vítima. A informação é da Polícia Civil que identificou Flávio Loureiro, 24 anos, como autor do crime que chocou o bairro 15 de outubro. No dia 17 de março, Flávio invadiu a casa de Maria do Carmo Cecco, 63 anos, a esfaqueou e fugiu com o dinheiro da vítima.
O acusado já havia sido preso em 2014, pelo crime de assalto a mão armada também a uma idosa, no distrito Santo Antônio do Canaã, em Santa Teresa, na região Serrana do Espírito Santo. Flávio Loureiro teve mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça e é considerado foragido. Qualquer informação que ajude a polícia a localizá-lo pode acionar o Disque-denúncia 181. A ligação é gratuita e o sigilo garantido.
O BILHETE
Bastante ferida com um corte no pescoço, a idosa chegou a escrever algumas informações sobre o criminoso em um caderno. Maria foi encaminhada a um hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu.
VIZINHO ASSASSINO
De acordo com o delegado João Seidel, que está investigando o caso, Flávio era vizinho de Maria do Carmo. Ele trabalhava em uma empresa de concretagem na cidade e morava com uma avó. À polícia, a avó do acusado disse que o neto avisou, no dia seguinte ao crime, que tinha trabalhado e que iria para o município de Serra passar o fim de semana na casa da namorada. Investigações da PC, no entanto, apontam Flávio não compareceu à empresa em que trabalha.
MOTIVAÇÃO
Para a polícia, como Maria do Carmo já morou na Itália por quatro anos, Flávio Loureiro desconfiou que a idosa guardava dinheiro em casa ou mesmo que recebia quantias dos dois filhos que ainda ficaram no país europeu. A investigação aponta que cerca de 600 euros foram levados da casa da vítima.
'ESSA DOR NUNCA VAI ACABAR'
Uma parente da vítima, de 89 anos, que não quis se identificar, disse que presenciou o crime e pediu ajuda a vizinhos. "Quando eu levantei para ir à cozinha, escutei um barulho e fui até a sala. Quando cheguei lá, vi um homem abraçado a ela e percebi o que estava acontecendo. Corri, passei debaixo de uma cerca e consegui falar com uma vizinha que Maria do Carmo estava caída na sala", disse.
No momento em que a parente chegou com a vizinha na casa, o acusado já tinha fugido. "Quando retornei, o homem não estava mais lá. Maria do Carmo pediu um papel para escrever alguma coisa. Logo depois chegou uma ambulância para pegá-la. Essa dor nunca vai passar. Eu não posso mais ficar aqui", finalizou.
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