Os pais dos meninos Joaquim, 3 anos, e Kauã, 6, mortos durante um incêndio em uma casa em Linhares, estiveram no Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, para iniciar o processo de liberação dos corpos. As crianças foram levadas de Linhares para a Capital para que o processo pudesse ser feito com mais rapidez. O superintendente de Polícia Técnico-Científica, Danilo Bahiense, explicou como funciona o procedimento.
De acordo com o delegado, três processos são utilizados, nesse tipo de caso, para uma tentativa de identificação dos corpos. O primeiro passo é tentar pelo exame necropapiloscópico, coletando impressões digitais, mas não foi possível. Depois temos a antropologia, que poderia identificar através de arcada dentária, mas não foi possível. O último recurso é o exame de DNA, explicou.
Ainda de acordo com Bahiense, durante a tarde desta segunda-feira (23), foram coletados materiais biológicos dos pastores George Alves e Juliana Salles, além do comerciante Rainy Bukovsky, que é pai de Kauã. É coletado o material dos corpos depois enviamos para análise em laboratório, ressaltou o delegado.
O prazo normal para que um exame de DNA fique pronto é de 30 dias. Porém, Danilo Bahiense acredita que esse processo possa ser agilizado. Acredito que em um prazo de 15 dias já estejamos com o material na mão. O prazo normal é de 30 dias, mas hoje temos como agilizar, para minimizar o sofrimento da família, afirmou.
O delegado ainda explicou que, mesmo nesse caso, onde não se tem dúvida que os corpos são de Joaquim e Kauã, é necessária a realização do exame de DNA para a liberação das vítimas. Então é uma obrigação do Estado cumprir esses trâmites legais, para que nenhum erro aconteça. Somente após a confirmação legal de que os corpos são deles, podemos liberar, concluiu.
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