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Funcionário de hotel onde pastor se hospedou depõe em Linhares

Funcionário de hotel onde pastor se hospedou depõe em Linhares

Segundo fontes ligadas à Polícia Civil, acredita-se que seja a última pessoa a prestar depoimento no inquérito

Publicado em 23 de maio de 2018 às 14:50

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Testemunha foi ouvida na 16ª Delegacia Regional de Linhares. (Samira Ferreira | Gazeta Online)

Enquanto a polícia dava detalhes do crime chocante cometido pelo pastor George Alves em uma coletiva de imprensa na Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), em Vitória, um funcionário de um hotel de Linhares, onde George se hospedou após o crime, era ouvido na delegacia da cidade. Segundo fontes ligadas à Polícia Civil, acredita-se que seja a última pessoa a prestar depoimento no inquérito.

Na coletiva, realizada na manhã desta quarta-feira (23), o delegado André Jaretta Ardison, da força-tarefa que investiga a tragédia em Linhares, afirmou que o pastor George Alves estuprou o próprio filho e o enteado antes de atear fogo nas duas crianças no dia 21 de abril, na casa onde a família morava em Linhares, no Norte do Estado.

GEORGE MOLESTOU AS CRIANÇAS

"Ele molestou as duas crianças. Isso é demonstrado tecnicamente pelo encontro de uma substância denominada PSA, que é encontrada no sêmen humano. Essa substância foi encontrada no orifício anal das duas crianças. Essa substância não poderia estar naquele local a não ser por um fator externo", afirmou o delegado.

O delegado André Jaretta Ardison (à direita) afirmou que o pastor George Alves estuprou o próprio filho e o enteado antes de agredir e atear fogo nas duas crianças. (Rafael Silva)

A substância PSA é produzida pela próstata, o que comprova, segundo o delegado, que houve estupro.

O delegado reforçou que a polícia traçou uma concatenação de como ocorreram os fatos, que chocaram a todos os envolvidos na investigação por "tamanha crueldade" do crime.

"Ele agrediu as crianças. Foi encontrado vestígio de sangue no boxe do banheiro, que um exame comprou ser de Joaquim, seu filho biológico. Com as crianças vivas, porém desacordadas, ele as levou para a cama, utilizou um combustível derivado de petróleo e ateou fogo nelas e no local, fazendo com que elas fossem mortas pelo calor do fogo. Elas foram mortas pelo fogo. O exame comprova que elas foram mortas carbonizadas. Ambas tinham fuligem na traquéia, o que indica que elas respiravam a fumaça do incêndio", detalhou o delegado André Jaretta.

Segundo ele, ao atear fogo nas crianças o pastor tinha o objetivo de ocultar o crime.

"Feito isso, o investigado (pastor George) foi para o ambiente externo da casa, sem abrir o portão, ficou andando de um lado para outro, até que transeuntes vissem o cenário, parassem e, por conta própria, prestassem auxílio, abrindo o portão, mas não tendo mais condições de prestar socorro às crianças", disse o delegado.

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"Não bastasse esse ato, vimos que o investigado buscou se promover, tentando mostrar uma personalidade muito inversa do que sua conduta mostrou", afirmou.

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