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Perícia encontrou sêmen nos corpos de irmãos em Linhares

Perícia encontrou sêmen nos corpos de irmãos em Linhares

Investigação também mostrou que crianças não foram dopadas e morreram carbonizadas

Publicado em 23 de maio de 2018 às 15:15

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O trabalho da perícia foi fundamental para esclarecer a morte dos irmãos Joaquim Alves Salles, de 3 anos, e Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos. Ao longo dos 31 dias de investigação, mais de 20 perícias foram realizadas e permitiram comprovar que o pastor George Alves estuprou, agrediu e ateou fogo nas duas crianças, segundo a polícia.

De acordo com Fabrício Pelição, chefe do Departamento de Laboratório Forense da Polícia Civil, as perícias encontraram sêmen humano nas duas crianças, o que comprova que elas foram estupradas.  

Fabrício Pelição, chefe do Departamento de Laboratório Forense. (Rafael Silva)

"O laboratório de toxicologia iniciou um trabalho para ver se essas vítimas foram dopadas, mas não foi encontrado nenhum tipo de droga ou medicamento que indicasse sedação. Foi pesquisada a hipótese de abuso sexual, através de uma técnica que procura uma proteína que faz parte do sêmen humano, que se chama PSA e é produzida pela próstata, e foi encontrada na cavidade anal das duas crianças", explicou o perito.

A perícia também mostrou que os irmãos não morreram em decorrência de fumaça inalada durante o incêndio, e sim que eles foram carbonizados. As crianças estavam desacordadas quando o pastor ateou fogo no quarto, segundo a investigação.

"Pesquisamos substâncias que são presentes em vítimas de incêndio (quando mortas por inalação de fumaça). Essas substâncias foram encontradas no sangue das crianças, porém em nível insuficiente para causar a morte delas. Não foram níveis nem para causar o desmaio das mesmas. Não tem como identificar como foi a agressão. Os corpos estavam muito destruídos. Nem dava para identificar quem era criança de 3 anos e quem era a de 6 anos", afirmou.

Ainda de acordo com o perito, o fogo destruiu o quarto onde os corpos foram encontrados, o que dificultou o trabalho da perícia.

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"Para a perícia foi um desafio particular. Nós trabalhamos com a materialização de fatos concretos. Dada a destruição do local, é fácil de se imaginar que esse já se torna um local mais difícil de ser periciado. Mais de 25 peritos trabalharam no caso ao longo desses 30 dias. Trabalhando de forma intensa para materializar todas as suspeitas que pudessem ocorrer", concluiu.

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