O comerciante Rainy Butkovsky, pai do menino Kauã, de 6 anos, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (21) na Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) da Serra. Segundo o pai, que conversou com a equipe do Gazeta Online, ele foi chamado pelo delegado de Linhares Romel Pio de Abreu Júnior.
Acompanhado da namorada, Rainy Butkovsky chegou ao local por volta das 11h e permaneceu na delegacia por cerca de 50 minutos. O comerciante foi ouvido pelo delegado adjunto da DCCV, Daniel Fortes. Após sair, disse à reportagem que não iria comentar o depoimento. O caso segue em segredo de Justiça.
Nesta segunda, completa um mês da morte dos irmãos Joaquim, de 3 anos, e Kauã, de 6 anos. Os dois foram encontrados carbonizados após um incêndio no quarto da casa onde viviam no Centro de Linhares, no Norte do Estado.
"FOI ELE QUEM MATOU MEU FILHO"
Após a prisão de Georgeval, ainda muito abalado pela perda do filho Kauã, o comerciante Rainy Butkovsky disse ao Gazeta Online não ter dúvidas de que foi o pastor George Alves o responsável pelas morte das duas crianças.
Rainy, que até antes do pastor e pai de Joaquim ter sido preso pela polícia no dia 28 de abril, não havia demonstrado publicamente nenhum tipo de desconfiança a respeito de uma possível ligação do padastro de seu filho com a morte das crianças, garantiu que não tem mais dúvidas sobre a responsabilidade de George Alves nas mortes: "Eu já sei que foi ele. Espero que ele confesse logo que foi ele quem matou para que eu possa dar um enterro digno para meu filho."
ÚLTIMA VEZ QUE VIU O FILHO
Rainy Butkovsky tem 31 anos e contou que esteve com o filho 15 dias antes do incêndio em Linhares. Morador de Vitória, ele explicou que é divorciado da mãe do menino e aproveitou o feriado de Nossa Senhora da Penha para visitar a criança.
"Passamos três dias em Linhares, eu, minha mãe, minha irmã e ele. São as lembranças que vão ficar, as lembranças boas que eu vou guardar. Não quero ver meu filho, o corpo dele da maneira como está, quero guardar as lembranças boas", declarou o pai.
Rainy recebeu a notícia da morte do filho na manhã de domingo (22). Ainda em busca de respostas, ele agora torce para que o corpo do filho seja liberado o mais rápido possível.
"Uma notícia muito dolorosa, que nos deixou de coração partido. Eu sei que agora meu filho é um anjo, e o irmãozinho dele também. Por mais que a luta seja difícil, eu sei que Deus vai dar força para nós. Não conseguimos entender o porquê, mas sei que um dia nós vamos entender todo o propósito de Deus. Peço a todos que façam corrente de orações para que a gente consiga agilizar esse processo, para amenizar um pouco esse sofrimento e a gente conseguir dar continuidade na vida", pediu.
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