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Tragédia em Linhares: pastora presta depoimento à polícia em Linhares

Tragédia em Linhares: pastora presta depoimento à polícia em Linhares

Juliana Salles, que perdeu os filhos Kauã e Joaquim durante incêndio na casa em que moravam, deixou a Delegacia Regional de Linhares por volta das 11h35

Publicado em 3 de maio de 2018 às 11:19

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Juliana Salles presta depoimento na manhã desta quinta-feira (03) em Linhares. (Marcelo Prest | AG)

A pastora Juliana Salles, que perdeu os filhos Kauã e Joaquim durante incêndio na casa em que moravam, prestou depoimento na manhã desta quinta-feira (03) na Delegacia Regional de Linhares. Ela chegou no local por volta das 7h30 acompanhada de uma advogada (veja vídeo abaixo). Juliana é esposa do pastor George Alves, preso no último sábado por suspeita de atrapalhar as investigações do caso. Por volta das 11h35, a pastora deixou o local em uma viatura descaracterizada da Polícia Civil.

Na ocasião da prisão do marido, a pastora Juliana disse à produção da TV Gazeta que já esperava pela prisão dele. "Não por achar que ele tenha culpa, mas esperava [a prisão] pela forma que seguia a linha de investigação da polícia". A pastora afirmou que está muito abalada com todos os fatos e que não falaria mais sobre o caso.

Com informações de Samira Ferreira

PASSANDO A LIMPO: PASTOR CONFESSOU MORTES?

Está circulando nas redes sociais um boato de que o pastor George Alves Gonçalves, de 36 anos, confessou à polícia que teria matado o filho Joaquim e o enteado Kauã. Os irmãos morreram carbonizados no dia 21 de abril, em Linhares. George foi preso na manhã do dia 28 de abril, após a Justiça expedir um mandado de prisão provisória, válido por 30 dias, por ele estar atrapalhando a investigação.

Em uma página do Facebook, há informações de que o pastor teria abusado sexualmente do enteado. Para se livrar do suposto crime, ele teria colocado fogo nas duas crianças. "Ele estuprou o enteado e o filho viu. Por isso ele resolveu ceifar a vida dos inocentes!!! Esse filho de satanás acabou de confessar o crime. Nós capixabas estamos chocados!!!", dizia a publicação.

(Reprodução | Facebook)

Ao Gazeta Online, uma fonte da polícia desmentiu o boato. George já prestou depoimento e afirmou que o incêndio foi acidental. "No depoimento não há registro de que o pastor tenha confessado crime. A polícia continua as investigações com novos depoimentos e perícias. O pastor será ouvido novamente, ainda sem data definida", finalizou.

QUINTA PERÍCIA EM CASA INCENDIADA

O local da tragédia em Linhares — na qual dois irmãos morreram carbonizadas — passou por uma quinta perícia nesta quarta-feira (2). O tenente-coronel Ferrari, acompanhado de três bombeiros, recolheu ferramentas e objetos da casa, entre eles parte de um aparelho de ar-condicionado queimado. 

O tenente-coronel não quis falar com a imprensa e reforçou que "a perícia trabalha descartando hipóteses".

PERITOS USAM LUMINOL EM CARRO DO PASTOR

O carro que era usado pelo pastor George Alves, apreendido no dia 30 de abril, passou por perícia da Polícia Civil nesta quarta-feira (2). O trabalho foi realizado por peritos de Vitória e houve o uso de luminol, substância utilizada para detectar vestígios de sangue. As informações foram obtidas com exclusividade pelo Gazeta Online.

 

O Classic pertence a um membro da Igreja Batista Vida e Paz, mas estava emprestado ao pastor George, preso no dia 28 de abril por atrapalhar as investigações. 

REVEJA VÍDEO

Registro mostra o momento em que o carro usado pelo pastor George foi encaminhado à 16ª Delegacia Regional de Linhares, no dia 28 de abril. 

ADVOGADOS VOLUNTÁRIOS FAZEM DEFESA DE PASTOR 

Um grupo de cinco advogados capixabas e mineiros fará a defesa de Georgeval Alves Gonçalves, 36 anos, mais conhecido como pastor George Alves, pai do menino Joaquim, 3 anos, e padrasto de Kauã, 6 — mortos carbonizados durante incêndio na casa em que moravam, em Linhares.

Um dos advogados é o mineiro Rodrigo Duarte, que também é pastor, segundo informações de Abisai Junior, que é amigo pessoal de Geogerval Gonçalves.

Uma advogada, que faz parte do grupo da defesa e preferiu não se identificar, disse que todos são voluntários. “Somos uma junta de advogados voluntários para atuar no caso. Ainda não tivemos acesso ao inquérito policial porque está em segredo de justiça”, disse.

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